Tifanny defende Tandara após polêmica, mas afirma: 'Errou nas palavras'
Tifanny, primeira mulher trans a disputar a Superliga, defendeu Tandara após a oposta se posicionar contra a presença de atletas transexuais no vôlei feminino. Mesmo assim, a ponteira afirmou que a companheira de time no Osasco "errou nas palavras".
"Ela (Tandara) me ligou depois novamente e eu falei para ela: 'Amiga, fica tranquila'. Eu sou uma pessoa muito evoluída de coração. Eu acho que estou aqui hoje pois eu tenho esse coração imenso e eu sei entender as pessoas. Eu acho que ela errou nas palavras, mas as pessoas pegaram somente essa parte. Não pegaram a parte que ela fez de tudo para que eu fosse contratada, não pegaram a parte que ela ligou para mim", disse Tiffany, ao SporTV.
"É igual aquela tia que, às vezes, não aceita o seu casamento, mas que dentro de casa ela te respeita. E eu quero essa pessoa que respeita do meu lado. Se ela fosse tão contra, acho que não me aceitaria no time dela", declarou.
Tiffany ainda mandou um recado para Tandara, que segue afastada de Osasco após suposta violação de regra antidoping na reta final das Olimpíadas de Tóquio.
"Tand, estou torcendo por você. Espero que você volte logo e vamos juntas ganhar essa Superliga também hein."
Comentário de Tandara
Em 2018, Tandara emitiu comentários contra a presença de Tifanny no vôlei. Após três anos, a oposta afirmou ter o mesmo pensamento sobre o tema, mas disse "respeitar a opinião da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei)".
"Primeiramente, eu vou deixar bem claro que eu respeito a Tifanny, nós nos comunicamos, nós nos falamos sempre, eu tenho um respeito muito grande por ela, sabe? Eu sei das lutas dela como ser humano, enfim. Eu acredito muito que cada um tem que ocupar o seu espaço, mesmo, e tem que brigar por isso. Em 2018, eu dei uma entrevista, inclusive eu estava aqui em Osasco, quando eu disse que não concordava. E realmente essa minha opinião não muda, porque eu acredito de verdade que não seja justo", disse Tandara ao podcast Oz Pod.
"Eu respeito, né? Então, assim, eu não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do voleibol e se eles, que são os órgãos importantes, autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto. E é uma experiência que eu vou ter com ela, eu não tive isso antes", acrescentou a oposta.
Tandara ainda afirmou que é contra a criação de um projeto de lei que proíba Tifanny de jogar. Porém, não concorda com a presença de outras atletas trans no vôlei feminino. Ela também disse que ajudou o Osasco a contratar Tifanny.
"Eu concordo que ela (Tifanny) tenha que jogar até quando ela quiser, porque é um direito adquirido, mas eu acredito que não tenham outras autorizações, porque hoje a gente tem tanta menina que corre atrás, e eu acredito que isso prejudica o espaço, entre uma trans e um jovem talento."
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