A ginasta brasileira Rebeca Andrade, medalhista de ouro no salto e de prata no Individual geral dos Jogos Olímpicos de Tóquio, voltou a brilhar no Campeonato Mundial disputado em Kitakyushu, também no Japão, com o ouro no salto e a prata nas barras assimétricas, mostrando um alto nível de competitividade, que poderia ter rendido mais uma medalha no individual geral se ela não tivesse optado por desistir da prova do solo.
No UOL News Esporte, Demétrio Vecchioli comenta a participação da ginasta no Mundial e como ela pode se tornar a grande protagonista da ginástica artística dependendo de qual será o futuro de Simone Biles na modalidade, o que ainda é uma incerteza desde a desistência de provas nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
"No momento em que a gente não tem certeza do futuro da Simone Biles, se a Simone Biles vai continuar na ginástica, a Rebeca se coloca como futura protagonista. Se não tiver a Biles, a grande protagonista deste ciclo inteira, e hoje ela está inteira, é a Rebeca", afirma Demétrio.
"Hoje ela é protagonista, hoje ela é a menina que entra na competição e o público da ginástica, não só a imprensa e a torcida brasileira, a gente espera que ela que dê espetáculo porque a Rebeca, a gente fala muito da Biles, a Rebeca é tecnicamente melhor que a Biles, os saltos da Rebeca são melhores que os da Biles, as notas que a Rebeca recebe de execução são melhores que as da Biles, em todos os aparelhos, a diferença é que a Biles tem uma enorme explosão e ela consegue por isso fazer saltos em que as notas de partida são muito altas porque ela consegue fazer movimentos que ela só faz porque tem uma explosão absurda", completa.
O jornalista diz que há uma grande expectativa hoje pelo que seria a competição de Rebeca Andrade em seu nível atual e sem lesões que a atrapalharam nos últimos anos com Simone Biles, o que pode ocorrer no Mundial de 2022, que também é classificatório para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
"Hoje a gente começa a discutir. Talvez, a Rebeca compita com a Biles, talvez ela se mostre melhor que a Biles? Talvez ela não tenha essa oportunidade. Tomara que a gente veja isso, seria no Mundial no ano que vem, que já e um Mundial pré-olímpico. Se a Biles entrar, ela vai para a Olimpíada. Se não entrar, provavelmente ela fica fora", conclui.
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