Doria celebra realização do GP de São Paulo e alfineta Bolsonaro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), celebrou a realização do Grande Prêmio de São Paulo da Fórmula 1, que será realizado neste fim de semana no Autódromo de Interlagos.
Em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje, ele ainda aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tinha a intenção de tirar o evento da cidade rumo ao Rio de Janeiro.
"É um autódromo histórico, com desenho elogiado por todos, e a disposição do governo, junto com a prefeitura, é estimular que promotores privados, como a Fórmula 1, utilizem o autódromo com 'expertise'. Eu disse que não perderíamos a Fórmula 1. Bruno Covas [ex-prefeito de São Paulo] era vivo. Contrariei o presidente da República. A Fórmula 1 está em São Paulo e vai estar por mais dez anos", disse Doria.
De acordo com o governador, o impacto financeiro do evento é de R$ 810 milhões e irá gerar 8,5 mil empregos temporários na cidade.
"Segundo estudos da FGV, o impacto financeiro e a geração de empregos são resultados diretos do GP de São Paulo. São resultados que nós adotamos, prefeitura e governo do estado, em fazer o GP em um feriado, aumentando o tempo de exposição, permanência e de geração de receita e emprego na capital de São Paulo, região metropolitana e em todo o estado", afirmou o governador em entrevista coletiva.
Doria ainda exaltou que 100% dos ingressos foram vendidos antecipadamente pela 1ª vez nos últimos dez anos. "Destes, 77% dos ingressos foram para não residentes da capital, o que faz do GP um evento ainda mais importante e significativo para nossa economia da cidade", completou.
O governador também valorizou o avanço da vacinação em São Paulo para que o Grande Prêmio pudesse contar com a presença de público.
"Mais do que tudo, é uma conquista da vacina. Agora, podemos ter eventos com este porte", declarou.
Protocolos sanitários
De acordo com Regiane de Paula, coordenadora geral do programa de imunização do estado de São Paulo, o uso de máscara será obrigatório em 100% do tempo das sessões - com exceção de momentos em que a pessoa esteja comendo.
Além disto, a vacinação completa é necessária para quem tem mais de 12 anos. Para espectadores com apenas uma dose do imunizante, é necessário apresentar um teste PCR (48 horas antes do evento) ou antígeno (24 horas antes do evento).
O governo paulista informou ainda que frascos de álcool em gel serão disponibilizados em lugares de "fácil acesso" ao público.
"Esses critérios foram discutidos com o município de São Paulo e com a Fórmula 1. Eles serão mantidos", disse ela.
Doria x Bolsonaro na Fórmula 1
Em junho de 2019, Bolsonaro afirmou que a etapa do Brasil na Fórmula 1 seria realizada no Rio de Janeiro a partir de 2021. À época, o presidente declarou que a mudança foi acordada pelo governo e pela prefeitura do Rio com a Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F-1, e que havia "99% de chance, ou mais" de se concretizar.
Após novela de mais de um ano, Doria anunciou, em novembro de 2020, que o Autódromo de Interlagos estava confirmado como a sede dos próximos cinco anos do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a partir de 2021. O evento também passou a se chamar Grande Prêmio São Paulo.
A permanência da corrida na capital paulista foi uma vitória política de Doria contra Bolsonaro. Promotores tentavam levar o Grande Prêmio para o Rio de Janeiro em um projeto de um novo circuito na região de Deodoro.
Em maio de 2019, o Rio de Janeiro apresentou sua proposta para receber a prova. Os promotores que queriam a corrida no Rio e representantes de Interlagos negociaram por meses com a Liberty Media o direito de continuar recebendo a categoria no Brasil. No fim, a empresa acabou fechando com São Paulo.
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