Gomes: 'Red Bull leva um baque com vitória de Hamilton em Interlagos'

A épica vitória de Lewis Hamilton no GP de São Paulo neste domingo (14) mantém aberta a disputa pelo título do Mundial de Pilotos. A três corridas do fim da temporada, 14 pontos separam o britânico do líder Max Verstappen. Se o cenário parecia favorável à Red Bull e ao holandês, o resultado da corrida em Interlagos mostra que nada está definido.

No Fim de Papo F1, live pós-corrida do UOL Esporte —com os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes— os comentaristas falaram sobre o impacto da histórica vitória de Hamilton nesta reta final de temporada e do equilíbrio que marca a disputa pelo título.

"É uma vitória histórica do Hamilton em Interlagos. Claro que não se deve diminuir em nenhum momento essa vantagem de 14 pontos que o Verstappen tem, mas, sem dúvida, é um baque que a Red Bull leva. Tudo estava conspirando contra o Hamilton neste final de semana", disse Gomes.

Relacionadas

Seixas: "Ultrapassagem de Hamilton sobre Verstappen foi a maior do ano"

Flavio Gomes: "Talvez hoje tenha sido a maior atuação da vida de Hamilton"

Hamilton vence em São Paulo, pega bandeira do Brasil e homenageia Senna

Seixas citou o contraste entre as reações de Verstappen e Hamilton ao final da prova em São Paulo. "No momento em que o Hamilton dava a entrevista com a bandeira do Brasil, tem uma imagem do Verstappen meio cabisbaixo. O Verstappen ainda está com alguns dedos na taça de campeão do mundo, mas esperava sair de Interlagos em uma condição muito melhor. Ele foi dormir ontem [sábado] com 21 pontos [de vantagem] na liderança do campeonato, largando em segundo e com o Hamilton em décimo. Deixa Interlagos com apenas 14 pontos à frente do inglês. Foi um choque. Naquele primeiro momento, o Verstappen estava em estado de choque", ressaltou o colunista do UOL.

Para Gomes, não dá para apontar um grande favorito para ficar com a taça. "Não podemos subestimar o Verstappen nessas três corridas. São 14 pontos de vantagem. Não é pouca coisa em uma reta final de campeonato mundial. Mas a gente também jamais pode deixar de levar em consideração, com duas provas novas no calendário, a experiência do Hamilton, o momento que ele vive, com uma pilotagem exuberante, e o repertório do cara", disse.

Seixas destacou a imprevisibilidade do campeonato, mesmo em pistas nas quais havia favoritos claros. "A Mercedes esperava uma vitória nos Estados Unidos, que foi para o Verstappen. Aí, a Red Bull veio cantando de galo para as corridas na altitude. No México, conseguiu a vitória. Em São Paulo, em uma prova em que a vantagem teoricamente era da Red Bull e com Hamilton largando lá atrás, a vitória foi do Hamilton. Que sorte temos de acompanhar esta temporada. Que baita campeonato. Hamilton fez quase algo inacreditável nesse domingo em Interlagos", apontou.

Para as três provas finais, Seixas ressaltou ser impossível dizer se alguma das pistas favorece algum carro. "A Fórmula 1 nunca correu no Qatar e na Arábia Saudita. Em Abu Dhabi, a pista passou por modificações. Então são dois lugares completamente novos e ninguém sabe o que esperar lá. Os caras só correram no videogame e fizeram simulações. Chutar qualquer coisa, principalmente nessas duas próximas provas, é leviano", finalizou.

Não perca! A próxima edição do Fim de Papo F1 será em 21 de novembro, após o GP do Qatar.