Max Verstappen e Valtteri Bottas tiveram uma surpresa desagradável a poucas horas da largada do GP do Qatar, neste domingo (21). Os dois, que ocupariam a segunda e a terceira posições no grid, respectivamente, foram punidos por desrespeitarem bandeiras amarelas durante o treino classificatório. O anúncio quase em cima da hora causou polêmica.
No Fim de Papo F1, live pós-corrida do UOL Esporte - com os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes - os comentaristas criticaram a decisão dos comissários de informar as punições aos pilotos a poucas horas do início da prova.
"Isso é péssimo para o público. Temos visto tanta gente nova chegando para acompanhar e se interessando por Fórmula 1 e esse tipo de coisa afasta o público. Que esporte é esse em que o cara não sabe, duas horas antes da corrida, em que posição vai largar? Eles soltam ainda um grid provisório, em que o Bottas era quinto, e depois um definitivo uma hora antes. Para que coplicar algo que pode ser tão simples?", questionou Seixas.
Gomes criticou a demora exagerada em anunciar a punição a Verstappen e Bottas. "Estamos acostumados a ver decisões de comissários esportivos e as coisas menos interpretativas podem ser resolvidas rapidamente. Bandeira amarela é para tirar o pé. Você vai na telemetria, vê e pune. Deixaram para anunciar a decisão hoje, faltando umas duas horas para a largada. Isso é ruim para o piloto, para a estratégia da equipe", opinou.
Seixas seguiu o raciocínio de Gomes. "Tem muito a ver com Michael Masi, diretor de prova da FIA. Ele é o cara que está instituindo outra chatice enorme na Fórmula 1 que é o limite de pista. Acho um exagero. Por causa dele, há essa chatice, essa demora para anunciar um resultado. Uma coisa é interpretação; algo em que você precisa ouvir o piloto para entender melhor o que aconteceu e tomar uma decisão. Outra é a ciência exata. O cara tem que tirar o pé na bandeira amarela. Vamos olhar a telemetria. Não tirou? É punido. Pronto. Demora cinco minutos. Isso sempre foi rápido. Não dá para entender por que tanta demora", avaliou o colunista do UOL.
Para Gomes, as punições não alteraram o desenho da corrida, mas deu motivos para reclamações da Red Bull. "Não acho que isto tenha mudado esta corrida. No resultado final, a Mercedes foi muito superior. Mas muda a estratégia de largada. Isso muda o estado anímico. A história pode ser outra. Tecnicamente falando, o Verstappen chegou rápido ao segundo lugar, mas a Red Bull tem motivo para ficar brava por conta do momento em que a punição foi anunciada", comentou.
Essa demora no anúncio das punições pode comprometer os planos traçados por pilotos e equipes para a corrida, como frisou Seixas. "As punições saíram durante o desfile dos pilotos. O Verstappen foi o primeiro piloto a dar entrevista e não sabia em que posição iria largar. Ou seja: duas horas antes da prova, ele não sabia se ia largar em segundo ou sétimo. É um absurdo. No momento em que acaba a classificação, os caras se reúnem com os engenheiros para pensar na estratégia de corrida. Tem a ver com número de paradas nos boxes, a própria estratégia de largada... Há todo um plano desde o momento da classificação. É inacreditável e não consigo entender", concluiu.
Não perca! A próxima edição do Fim de Papo F1 será em 5 de dezembro, após o GP da Arábia Saudita.
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