COI é acusado de fazer publicidade com caso de tenista chinesa
O Comitê Olímpico Internacional está sendo acusado de fazer publicidade com o caso da tenista Peng Shuai, dada como desaparecida após denunciar um abuso sexual por parte do ex-vice-premiê chinês.
Entidades dos direitos humanos e a Associação de Tênis Feminino (WTA) afirmam que as fotos da ligação entre o presidente do COI, Thomas Bach, e a tenista não são suficientes para provar que Peng está segura. "Este vídeo não altera o nosso apelo a uma investigação completa, justa e transparente, sem censura, da sua alegação de agressão sexual, que é o assunto que deu origem à nossa preocupação inicial", afirmou a WTA.
A entidade do tênis alegou ainda que não conseguiu entrar em contato com Peng, mesmo após a divulgação de fotos da tenista com amigos e da ligação com o presidente do COI. Nikki Dryden, ex-nadadora olímpica e advogada da área de direitos humanos, acredita que o COI fez uma jogada publicitária para evitar o boicote de outros países a China antes das Olimpíadas de Inverno, que serão realizadas em Pequim no próximo mês de fevereiro.
"Tudo me parece muito político. Nada no comunicado do COI à imprensa me faz sentir confortável de que ela está segura, de que não está sendo retaliada ou coagida. Eles assumiram o controle disso porque estão tão preocupados com a narrativa em torno de Pequim", disse a advogada.
Os Estados Unidos e o Reino Unido pediram que a China forneça provas do paradeiro da tenista. Com a divulgação das novas fotos de Peng, o ministro das Relações Exteriores da França também pediu que as autoridades chinesas permitam que ela fale publicamente sobre o ocorrido.
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