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Título de Verstappen foi como o gol de mão de Maradona, diz Mercedes

FIA/Handout via REUTERS
Imagem: FIA/Handout via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

18/12/2021 09h16

Seis dias após o final da temporada 2021 da Fórmula 1, o GP decisivo em Abu Dhabi ainda dá muita discussão. Os apelos à FIA estão encerrados, e Max Verstappen (Red Bull) é de fato o campeão mundial, mas o resultado não desce na Mercedes.

"O que aconteceu está à altura da "mão de Deus" de Maradona ou o gol em Wembley em 1966", compara Toto Wolff, chefe da Mercedes, em entrevista ao jornal alemão Bild. Ele se refere ao gol de mão eternizado pelo camisa 10 argentino na Copa de 1986 e ao gol da Inglaterra em que a bola não entrou, na final da Copa de vinte anos antes.

A Mercedes fez duas reclamações oficiais sobre o desenrolar do GP de Abu Dhabi, mas decidiu não apelar da decisão da FIA, que rejeitou ambas. A equipe argumenta que a atuação do safety car nas últimas voltas desrespeitou o regulamento e prejudicou Lewis Hamilton, o que abriu caminho para o título de Verstappen.

"Há uma diferença entre ter razão e obter justiça", argumenta Toto Wolff. "Em um tribunal normal seria quase certo que teríamos ganhado, porque tínhamos um caso muito sólido, mas o problema com a Corte Arbitral do Esporte é que a FIA não pode qualificar seu próprio trabalho", aponta.

A Mercedes desistiu de levar a F1 para os tribunais na última quinta-feira (16), quando divulgou uma nota oficial com termos incisivos ("perder a fé nas corridas" e "a forma com que as coisas se desenrolaram não foi a certa"), mas finalizou aprovando a iniciativa da FIA em organizar uma comissão para investigar o que ocorreu e melhorar de alguma forma os procedimentos para os anos seguintes.

Ausência em cerimônia de premiação

Wolff e Hamilton decidiram não ir à noite de gala que oficializou a entrega do troféu de campeão a Verstappen, e a ausência pode inclusive resultar em punição ao piloto, que de acordo com as regras deveria comparecer ao evento por ter sido o vice-campeão mundial.

"Lewis e eu estamos desiludidos neste momento. Não pelo esporte, que amamos, mas porque se rompermos o princípio de justiça e autenticidade pode-se deixar de amá-lo. Começamos a fazer perguntas, e isso tomará um tempo digerindo. Foi a maior injustiça da história", concluiu o chefe da Mercedes.

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