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O que sabemos sobre a saúde de Schumacher oito anos após acidente de esqui

Michael Schumacher era fã de esqui há muitos anos, mas em 2013 sofreu acidente que o deixou paralisado - REUTERS/Alessandro Bianchi
Michael Schumacher era fã de esqui há muitos anos, mas em 2013 sofreu acidente que o deixou paralisado Imagem: REUTERS/Alessandro Bianchi

Do UOL, em São Paulo

29/12/2021 13h18

Esta quarta-feira (29) marca oito anos do acidente de Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1 que ficou paralisado em 2013 após bater em uma pedra quando andava de esqui nos Alpes Franceses. Desde então o alemão leva vida reclusa e com muitos cuidados médicos.

O acidente

Schumacher se acidentou enquanto esquiava em um resort na cidade de Méribel, na França. Era um passeio em família após o Natal, e Michael descia a montanha junto com o filho Mick, hoje piloto da F1, quando saiu da pista e bateu em uma pedra. O capacete que ele usava rachou com o impacto, que causou diversos danos cerebrais. Os detalhes do ocorrido nunca foram esclarecidos pela família, que prefere manter a privacidade do heptacampeão.

A recuperação

Após o acidente, Schumacher foi levado de helicóptero para o Hospital de Grenoble, a cerca de 120 km do local da queda. Ele ficou em coma induzido por seis meses, período pelo qual passou por duas cirurgias para retirada de sangue e de pressão do cérebro. Fora do coma, ele foi transferido para o Hospital Universitário de Lausanne, na Suíça, onde ficou até setembro de 2014. Desde então o ex-piloto está em casa, em Lake Geneva, também na Suíça.

O estado de saúde

As especulações sobre a recuperação de Michael Schumacher sempre foram muitas, mas nunca confirmadas. A porta-voz da família, Sabine Kehm, limita as declarações públicas a sinais positivos: os indícios de consciência, o fim do coma induzido, a volta para casa etc. A versão oficial é de que a recuperação do ex-piloto é lenta, mas gradual, mas as poucas informações que vazam do círculo íntimo são menos animadoras.

Só alguns familiares e amigos íntimos são autorizados a visitar Michael, mas todos preferem manter sigilo quanto ao seu estado de saúde. Uma rara novidade surgiu no ano passado, na versão italiana do reality show Big Brother: a modelo Elisabetta Gregoraci, ex-mulher de Flavio Briatore, falou em rede nacional que Schumacher "não fala e só se comunica com os olhos". Neste ano, Piero Ferrari, filho do fundador da escuderia, declarou que Michael "não está morto, mas não consegue se comunicar".

No documentário lançado recentemente pela Netflix, Corinna Schumacher, a mulher de Michael, admite que a presença do ex-piloto hoje é bem diferente de antes do acidente. "Sinto falta dele todos os dias. Mas não sou a única: as crianças, a família, o pai dele, todos ao redor sentem falta de Michael", diz.

O legado na Fórmula 1

A ausência de Schumacher no paddock foi especialmente sentida em 2021, ano em que seu filho Mick estreou na categoria pela equipe Haas. No mesmo documentário da Netflix, o piloto de 22 anos lamenta não poder trocar figurinhas sobre automobilismo com o pai.

"Acho que meu pai e eu nos entenderíamos de maneira diferente agora, simplesmente porque falaríamos a mesma língua, teríamos muito mais para falar. É nisso que penso na maior parte do tempo; imagino que seria excelente. Daria tudo para ter isso", afirmou Mick.

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