Retrospectiva: Band valoriza F1 e ganha audiência em temporada histórica

Depois de quatro décadas com transmissão da TV Globo para o Brasil, a Fórmula 1 parou, em 2021, nas mãos da Band —que deu sorte ao transmitir uma das mais emocionantes temporadas das história, vencida por Max Verstappen (Red Bull) na última volta do GP final.

Depois de fechar um acordo com a Liberty Media até o fim de 2022, a emissora paulista usou nomes de referência do canal rival para se reforçar: Sérgio Maurício (narrador), Reginaldo Leme (comentarista) e Mariana Becker (repórter) trocaram de casa e seguiram trabalhando com o automobilismo.

Eles ganharam a companhia dos ex-pilotos Max Wilson e Felipe Giaffone, que dividiram os comentários com o veterano Leme durante o ano.

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O UOL Esporte destaca, abaixo, alguns pontos que marcaram as transmissões da Band em sua "reestreia" na F1. Confira:

Show de Mariana Becker

Mariana Becker, sem dúvida, chamou a atenção positivamente dos fãs da categoria. Com mais espaço para mostrar o seu trabalho em relação ao que fazia na Globo, a gaúcha deu um show à parte antes e depois das corridas, mostrando detalhes "in loco" e protagonizando entrevistas marcantes com os pilotos.

Neste ano, aliás, ela acabou se envolvendo em rusgas com Nikita Mazepin (Haas) e Fernando Alonso (Alpine), que se incomodaram com questionamentos da brasileira em momentos pontuais —tudo acabou acertado pouco depois.

Por outro lado, a divertida promessa dos brigadeiros feita para Daniel Ricciardo (McLaren) agitou os fãs —após a brincadeira, Becker mostrou que "combinado não é caro" e enviou os doces ao piloto australiano.

Audiência incomodou rivais

Os números registrados pela Band durante as 22 corridas tiveram um desempenho satisfatório durante o ano.

O GP do Bahrein, que abriu a temporada em março, deu à emissora cinco pontos de média com picos de seis —por alguns minutos, o canal superou Record e SBT e alcançou a vice-liderança.

Durante o ano, este número caiu para três pontos em determinadas provas. Quase sempre, no entanto, a empresa fisgava por algum tempo a 2ª posição e incomodava os adversários.

Já na parte final da temporada —principalmente durante os GPs de São Paulo e Abu Dhabi -, a Band chegou a vencer a Globo nos números, assumindo o topo do ranking nacional televisivo.

Pós-corrida no "Show do Esporte"

Diferentemente do que foi visto na Globo nos últimos anos, a Band explorou o pós-corrida com frequência —e sem pressa— em sua grade aos domingos.

Sempre no "Show do Esporte", comandado por Elia Júnior e Glenda Kozlowski, o narrador Sérgio Maurício e sua equipe destrinchavam os principais acontecimentos das provas em questão.

A emissora ainda aproveitava o espaço para exibir ao telespectador novas entrevistas dos principais pilotos do grid —quase sempre com Max Verstappen (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes).

Câmeras no estúdio

Em algumas oportunidades ao longo do ano, a Band usou o YouTube para transmitir, como uma espécie de "segunda tela" ao telespectador, as imagens do estúdio onde narradores e comentaristas atuavam.

Isto aconteceu também no BandSports, braço da emissora na TV fechada, que exibiu todos os treinos livres da temporada.

Veja, por dentro dos estúdios, o momento que decidiu o campeonato em Abu Dhabi:

Sérgio Maurício e seus bordões

"Isso a Band mostra". Essa foi, ao longo de todo o ano, a frase falada por Sérgio Maurício assim que as luzes vermelhas do grid de largada se apagavam.

O termo, criado em alusão aos memes sobre o "Isso a Globo não mostra", pegou e já virou uma tradição para os telespectadores.

Além dele, os bordões "Tá ligado?", "No capricho" e "O patrão tá on" também viraram presenças garantidas nas transmissões da Band —este último a partir do apelido dado pelos fãs a Lewis Hamilton (Mercedes).