Imigração australiana investiga outro jogador e árbitro após caso Djokovic
Na esteira do caso de Novak Djokovic, que teve o visto cancelado e a entrada na Austrália proibida, as autoridades da imigração do país investigam outros dois casos de um jogador e de um árbitro ligados ao Aberto da Austrália que entraram no país sem apresentar comprovante de vacinação contra a covid-19. As informações são do site australiano The Age.
Segundo a publicação, a Tennis Australia informou nesta quinta-feira (6) que outros dois participantes do Aberto da Austrália, que não tiveram os nomes revelados, conseguiram autorizações médicas para entrar no país. Os dois alegaram que foram infectados pela covid-19 há menos de seis meses - a mesma alegação usada pelo tenista número 1 do mundo.
A ministra do Interior, Karen Andrews, confirmou a investigação e não descartou que outros jogadores sejam enviados de volta para casa. "Estou ciente dessas alegações e posso garantir que o controle de fronteira australiano está investigando isso agora. Se as evidências não estiverem lá, eles tomarão as medidas cabíveis", disse a ministra.
Fontes ligadas à investigação informaram ao site que a prova apresentada por Djokovic - um atestado, em papel timbrado da Tennis Australia, assinado por apenas um único médico, confirmando a recente infecção - foi "insuficiente" e que ele não forneceu mais nenhuma documentação ao ser confrontado pelo governo de Victoria e por oficiais da imigração.
Os outros dois profissionais investigados, por outro lado, teriam apresentado informações e provas muito mais completas para embasar as "exceções médicas".
Ainda de acordo com o The Age, fontes do Tennis Australia disseram que a mudança de decisão do governo federal, que inicialmente permitiu a entrada do tenista no país, foi totalmente política, com a intenção de atingir uma parcela da população cética em relação às vacinas e aumentar a popularidade do governo.
Entenda o caso
Sem comprovar que foi vacinado contra a covid-19, Djokovic chegou a embarcar para a Austrália, alegando que conseguiu uma isenção médica, concedida pelo governo local. No entanto, ao desembarcar no aeroporto de Melbourne, teve seu visto cancelado e foi retido em um centro de imigração do país.
Na manhã desta quinta-feira, o governo australiano decidiu não deportar Djokovic até sua audiência sobre o caso, prevista para 10 de janeiro.
O caso ganhou proporções mundiais, com declarações dos governos da Sérvia e da Austrália. "Regras são regras, especialmente quando se trata de nossas fronteiras. Ninguém está acima dessas regras", disse o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, ao informar sobre o cancelamento do visto do tenista.
Já o presidente sérvio, Aleksandar Vunic, acusou as autoridades australianas de "maus-tratos" e "perseguição política" com o jogador. A família do tenista também fez duras críticas ao governo local. Srdjan Djokovic afirmou que seu filho está sendo "mantido em cativeiro", enquanto Djordje, irmão de Djoko, disse que a detenção "o maior escândalo esportivo e diplomático" da história.
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