Chefe da Mercedes diz que racistas proibiam filhos de falar com Hamilton
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que pais brancos, e racistas, proibiam seus filhos de interagir com o piloto Lewis Hamilton nas pistas de kart na infância.
"Ele foi insultado desde as pistas de kart. Os pais brancos proibiam seus filhos de ter amizade com ele. Isso definitivamente deixou grandes cicatrizes nele", disse Toto Wollf em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
Toto revelou que conversa com Hamilton sobre esse assunto o tempo todo, e que essas questões influenciaram emocionalmente o heptacampeão da F-1 no passado.
"Nós [Toto e Hamilton] temos gatilhos muito semelhantes. Nossas experiências nos deram um nível muito alto de resiliência. Como resultado, estamos em zona de conforto quando as coisas ficam difíceis. É aí que funcionamos", afirmou.
O diretor executivo da equipe alemã acrescentou que pessoas que sofreram na infância podem usar os problemas que tiveram durante a vida como uma forma de criar 'superpoderes' — mas não garante que esse é um caso como o do piloto britânico.
"Não quero dizer que pessoas de sucesso precisam carregar essa bagagem [de ter sofrido na infância], mas com as experiências que eu tive pessoalmente e através das pessoas com quem mais convivo, definitivamente sei que isso desempenha um papel importante", concluiu.
Hamilton segue recluso após o vice-campeonato mundial de F-1 na temporada passada. Com futuro incerto na competição, seu novo parceiro de equipe já está definido: será o britânico George Russell, ex-Williams.
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