Por que Djokovic corre risco de até ser preso se mentira for comprovada
O tenista sérvio Novak Djokovic corre o risco de até ser preso se for comprovado que ele mentiu ao preencher o formulário para entrar na Austrália.
A Força de Fronteira Australiana está investigando se o atleta fez uma declaração falsa ao informar que não viajou 14 dias antes de voar para Melbourne, onde será disputado o Aberto da Austrália. Todos os viajantes são questionados sobre deslocamentos anteriores e correm o risco de punição em caso de "informação enganosa".
Segundo o jornal britânico Guardian, em sua declaração de viajante, apresentada em 1º de janeiro, Djokovic declarou "não" quando perguntado: "Você viajou ou viajará nos 14 dias anteriores ao seu voo para a Austrália?".
A declaração é acompanhada de um aviso de que fornecer informações falsas ou enganosas é uma "ofensa grave". Em caso de confirmação, a pessoa que mentiu corre o risco de ser presa com pena máxima de 12 meses.
Djokovic saiu da Espanha em 4 de janeiro e desembarcou na Austrália no dia seguinte. Desta forma, o "não" respondido no formulário significaria que Djoko estava em solo espanhol pelo menos desde o dia 22 de dezembro.
Porém, posts nas redes sociais mostram que o tenista foi fotografado em Belgrado, na Sérvia, no dia 25 de dezembro, quebrando a regra de não viajar duas semanas antes do embarque para a Austrália. Ainda não está claro, no entanto, se a passagem de Djoko pela Espanha não foi apenas uma escala, o que confirmaria a versão do atleta.
Ainda de acordo com o Guardian, em sua entrevista com oficiais australianos em 6 de janeiro, o sérvio confirmou que a declaração foi preenchida por seu agente "com base" em sua isenção médica aprovada pela Tennis Australia (federação australiana de tênis), mas não foi questionado na entrevista sobre viagens na quinzena antes da chegada à Austrália.
Vitória na Justiça
Ontem, Djokovic ganhou na Justiça australiana o direito de entrar no país e, consequentemente, de disputar o Australian Open após ter seu visto cancelado na chegada a Melbourne.
A estrela do tênis teve negada a entrada no país após ter inicialmente recebido uma isenção médica para poder disputar o Aberto da Austrália mesmo sem provar se está vacinado contra a covid-19. Djokovic apelou na Justiça, não foi deportado de forma imediata e permaneceu detido em um hotel de Melbourne até levar a melhor na audiência realizada ontem.
O caso, porém, ainda não está totalmente decidido, já que o ministro de Imigração da Austrália, Alex Hawke, ainda considera a possibilidade de exercer seu poder pessoal de cancelar o visto concedido a Djokovic. Se isso acontecer, o tenista sérvio pode ficar sem poder entrar na Austrália por três anos.
Questionado pelo Guardian se a polêmica da declaração de viagem poderia fornecer novos motivos para Hawke cancelar o visto de Djokovic, um porta-voz disse que o ministro ainda está considerando exercer seu poder.
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