Em meio à possibilidade de cancelamento do visto de Novak Djokovic, a chave masculina de simples do Australian Open foi sorteada nesta quinta-feira, mesmo com atraso, com a presença do sérvio como cabeça de chave número 1, o que indica que ele deve jogar o primeiro Grand Slam da temporada mesmo sem estar vacinado e com toda a polêmica que causou.
No UOL News Esporte, Milly Lacombe afirma que a presença de Djokovic no torneio mostra que a questão financeira é a prioridade, enquanto ele se coloca como porta-voz de egoístas ao se considerar no direito de não se vacinar, ainda que exista uma regra em território australiano que obrigue a imunização para entrar no país.
"Djokovic talvez seja o maior até hoje, então ele influencia muita gente, o que ele faz tem impacto sobre muita gente e é muito perigoso isso, essa noção que ele está passando de que 'minha liberdade é minha e eu decido as coisas sobre a vacina ou não'. E não é verdade, não existe saúde privada, o único tipo de saúde que existe é pública. Essa noção tão egoísta, tão egocêntrica de que eu não vou me vacinar, sem dizer para todo mundo que vacinação é um pacto coletivo", diz Milly.
"Ele está sendo o porta-voz de uma comunidade muito egoísta, mesquinha, tosca, vergonhosa, é isso o que ele está fazendo e claro que isso vai ter impacto na imagem dele. A gente fica tentando explicar, ele entrou, não entrou, o visto foi cancelado, não foi. A gente fica tentando alguma coerência no que está acontecendo e só existe uma coerência, os interesses financeiros e contratuais determinam quem fica e quem vai", completa.
Renato Maurício Prado afirma que depois do sorteio das chaves de simples do torneio, não acredita que as autoridades australianas decidam que Djokovic tenha que deixar o país.
"Djokovic está na chave, haveria o sorteio de madrugada, de repente atrasam o sorteio, só vai acontecer depois da entrevista do primeiro-ministro e o que todo mundo pensou foi que o Djokovic seria retirado, mandado embora. Agora é muito mais complicado tirar o Djokovic", diz Renato.
"Eles atrasaram tudo, o primeiro-ministro deu uma entrevista e não falou do Djokovic, aí a organização do Australian Open fez o sorteio, está feito e o Djokovic já tem os seus adversários. O ministro da imigração ainda pode cancelar? Pode, mas eu não acredito mais que cancele porque agora não faria o menor sentido, se era para cancelar, teria que ter cancelado antes do sorteio da chave e não foi, então eu acho que o Djokovic vai jogar", conclui.
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