Adversário de Djokovic no Australian Open diz que vingará número 1 do mundo
O sérvio Miomir Kecmanovic afirmou que vingará seu compatriota Novak Djokovic, que foi deportado da Austrália, hoje, após derrota na justiça. Os dois tenistas iriam se enfrentar na primeira rodada do Australian Open, mas o número um do mundo foi julgado neste domingo (16) e viu a justiça australiana rejeitar o recurso de sua defesa e manter a suspensão do visto de entrada no país.
"A bebida amarga foi tomada sem que o torneio sequer começasse. Não consigo nem imaginar como Novak se sente, o que ele passou nos últimos dez dias. Eu estava realmente ansioso para ter a oportunidade de abrir o torneio deste ano com o número um do mundo na quadra central da Rod Laver Arena. Infelizmente, o que tenho pensado nos últimos sete dias desde o momento em que o sorteio foi feito até agora não faz sentido", publicou no Instagram.
"Nossa pequena equipe sérvia aqui em Melbourne está indignada e decepcionada, e acho que agora precisamos fazer esforços adicionais e, de alguma forma, vingar nosso melhor representante, que não pode estar aqui. Acredito que você ganhará mais Grand Slams e que isso não o impedirá de criar um sucesso histórico. Nós todos estamos com você", acrescentou.
Com Djokovic fora do Australian Open, o novo adversário de Kecmanovic será o italiano Salvatore Caruso (150 do mundo), derrotado no qualificatório do torneio, mas que ganhou vaga na chave principal por conta da ausência do líder do ranking mundial.
Caruso também se manifestou no Instagram, mas evitou entrar em polêmica sobre o caso.
"Estou feliz e orgulhoso de jogar e competir em um dos torneios mais importantes do mundo. Entendo a frustração de Novak por não poder participar e desejo que ele volte logo a fazer o que ama. Sobre o ocorrido, não vou me manifestar, porque não conheço os detalhes e não acho correto avaliar", escreveu o italiano.
"A repercussão midiática do ocorrido e da minha entrada na chave principal no lugar dele é grande e tende a tirar energia, energia que quero conservar e usar na partida amanhã. Obrigado pelo apoio", completou.
Entenda o caso
Djokovic entrou na Austrália no dia 5 de janeiro, sem se vacinar, apresentou uma isenção médica e alegou que testou positivo para covid-19 em 16 de dezembro. Ao desembarcar no aeroporto, ele foi parado pela polícia alfandegária por não apresentar todos os documentos necessários para justificar a entrada no território australiano.
Desta forma, o tenista passou a noite separado de sua equipe em uma sala do aeroporto de Melbourne e depois foi encaminhado para um hotel, onde ficou confinado. Djokovic teve o visto inicialmente cancelado por representar risco para a saúde pública, mas entrou na justiça e ganhou o direito de entrar no país.
Já na última sexta-feira (14), o ministro da Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais da Austrália, Alex Hawke, usou o seu poder pessoal para cancelar novamente o visto do tenista. A defesa de Djokovic, então, entrou com um recurso para que ele pudesse permanecer no país e disputar o Aberto da Austrália, mas perdeu na justiça. Depois da audiência, o sérvio foi deportado e pegou um voo no Aeroporto de Melbourne com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
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