Mercedes prevê 'cinco ou seis equipes' brigando pelo topo da Fórmula 1
O domínio da Mercedes ou uma disputa particular entre duas equipes pelo título da Fórmula 1 é coisa do passado. Pelo menos na projeção da própria equipe alemã, que a partir deste ano imagina uma categoria muito mais equilibrada e até seis times brigando no topo.
"O teto orçamentário trará muito equilíbrio. Se alguém encontrar alguma brecha [para melhorias no novo carro], todos os outros vão copiar", opina Toto Wolff, chefe da Mercedes, em entrevista ao site alemão Auto Motor und Sport. "Os carros serão todos muito parecidos. Ainda pode haver diferenças no primeiro ano, mas depois disso vai se equilibrar. Não haverá mais uma equipe que esteja um segundo à frente das outras [por volta]", projeta.
Wolf se refere ao teto orçamentário implantado na Fórmula 1 pela primeira vez no ano passado e renovado para a temporada 2022. O limite de gastos dá a oportunidade de mais times alcançarem o investimento das equipes mais ricas, o que na prática pode equilibrar o desempenho dos carros na pista. Em 2021 o teto foi de 145 milhões de dólares, e neste ano o valor previsto é ligeiramente menor, de US$ 140 milhões.
O chefe da Mercedes acredita que este limite faça bem à Fórmula 1, ainda que sua própria equipe acabe perdendo o privilégio de investir muito mais do que a maioria do grid.
"É claro que as equipes que tinham mais recursos não ficaram muito felizes, porque uma vantagem nos foi tirada, mas tudo se transformou em uma corrida armamentista entre Red Bull, Ferrari e nós. Agora não, tudo será mais equilibrado. No futuro, acho que cinco ou seis equipes estarão na disputa por vitórias, e isso é bom para o esporte", acredita.
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