Popó x Whindersson: bastidores da luta têm cambistas e arena em êxtase
A ocupação da arena MusicPark, onde ocorreu a luta entre Popó e Whindersson Nunes, foi aumentando a passos curtos em Balneário Camboriú (SC).
No começo das lutas do Fight Music Show, por volta das 19h (de Brasília), havia muitas cadeiras vazias. Uma hora depois, no entanto, o espaço já estava lotado e com poucos lugares vagos - algumas pessoas permaneceram de pé.
A arena fica na entrada da cidade catarinense. As praias e os arranha-céus de Balneário Camboriú, famosos nacionalmente, estão relativamente distantes do local do evento.
Cambistas e exigência de vacinação
A chegada do público foi feita por uma rua não muito larga. Antes de dobrar à direita, os motoristas dos carros foram abordados por cambistas, que ofereciam ingressos sem disfarçar.
No fim da tarde, a arena foi enchendo gradativamente. Cadeiras brancas se fixaram ao redor de três dos quatro cantos do ringue - o que sobrou ficou reservado para equipamentos e para permitir a movimentação da grua com a câmera que transmite as lutas ao vivo.
Quem circulou pelo local percebeu a ausência no uso de máscaras contra a covid-19 em parte do público - no estado de Santa Catarina, o uso da proteção é facultativo em espaços abertos.
Na entrada da arena, aliás, houve exigência de apresentação da carteira de vacinação contra o coronavírus com pelo menos as duas doses. Além disso, tubos de álcool em gel foram espalhados pelo local, com presença maior nos camarotes - onde parte da imprensa estava.
Com as lutas rolando...
Para quem acompanhava os duelos das cadeiras, a orientação era não ficar de pé durante os embates - e o pedido era seguido à risca pelos espectadores, que passavam a gritar "libera a frente" a quem não seguia as normas.
O público se exaltou em vários momentos dos combates. No duelo entre Mario Souza, conhecido por Coração Valente, e o argentino Antônio Gordilho, a plateia chegou a entoar o famoso 'uh, vai morrer' que já ficou caracterizado nos eventos do UFC realizados no Brasil.
Outro ponto alto se deu no confronto entre Traplaudo e Higor Merlin. Uma sequência de socos - que indicava que Traplaudo seria nocauteado - levou a plateia à euforia. No fim, Merlin ficou com a vitória.
O ápice da energia do público, no entanto, ficou para as últimas lutas. No combate entre o medalhista olímpico Esquiva Falcão contra o ex-BBB Yuri Fernandes, uma sequência de socos do atleta deixou a arena fervendo. A plateia, aliás, ficou dividida entre garantir apoio para Fernandes e enaltecer Esquiva. O medalhista olímpico saiu vitorioso, mas sem nocaute.
Outra luta envolvendo uma celebridade foi entre Rogério Minotouro e Leonardo Leleco. Ao final de oito rounds, o ex-lutador do UFC levou a melhor na decisão unânime dos juízes.
É claro que o momento de maior euforia ocorreu na luta entre Whindersson Nunes e Acelino Popó Freitas. Já na entrada do comediante, o público levantou em peso das cadeiras e a maior parte das pessoas ergueu o celular para gravar a cena. Mas o ingresso de Acelino Popó Freitas na arena não foi muito diferente, com aplausos e muitas imagens dos aparelhos dos fãs.
"O campeão chegou, o campeão chegou", gritou a plateia, entoando a frase ao longo da briga. E já nos primeiros minutos da luta a torcida a favor de Popó falou mais alto: "uh, vai perder, uh, vai perder".
Cada investida mais forte de Popó agitava o público. Na passagem do quinto para o sexto round, as pessoas que estavam na cadeira chegaram a pular do chão.
No penúltimo round, com Whindersson visivelmente cansado e com machucados no rosto, o público já achava que a luta chegaria ao fim naquele momento. "Agora acaba", disse um homem que via a luta no fundo da arena.
No último round, o revide de Whindersson a uma série de socos do baiano trouxe ânimo para os torcedores do comediante. No fim, o duelo terminou empatado.
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