O tenista espanhol Rafael Nadal se tornou o recordista isolado de títulos de Grand Slam no último domingo (30) ao conquistar o Australian Open batendo de virada o russo Daniil Medvedev depois de perder os dois primeiros sets e vindo de um torneio no qual chegou fora de suas condições ideais, em recuperação de uma lesão no pé e com a preparação abreviada ao ser diagnosticado com covid-19.
No UOL News Esporte, o jornalista Alexandre Cossenza afirma que a vitória diante de Medvedev pode ser considerada a maior da carreira de Nadal devido a todas as circunstâncias enfrentadas pelo tenista espanhol.
"Eu acho que foi a maior vitória da história do Nadal, da carreira do Nadal, porque ele superou um monte de circunstâncias negativas desde a preparação para o torneio, até durante o torneio, ele teve uma lesão no pé, parou de jogar em agosto do ano passado, chegou a ficar de muletas, tentou tratamentos que nem funcionaram como ele esperava, depois tentou voltar a jogar no fim do ano, pegou covid em dezembro, não teve como fazer uma preparação ideal, não tinha condicionamento físico ideal para estar em um Grand Slam", diz Cossenza.
O colunista do UOL afirma que Medvedev tinha vantagem em relação a Nadal em diferentes quesitos e que o resultado final foi inexplicável dentro das condições que o ex-número 1 do mundo teve para chegar ao título.
"O Medvedev era um cara que você olhando antes da partida, ele é o melhor tenista em quadra dura hoje, é um cara que é dez anos mais novo que o Nadal, tem um preparo físico enorme, é um cara que devolve tudo, se defende muito bem, saca muito bem e não tem um barco evidente no jogo, então você olhava para essa partida antes e taticamente o Nadal não tinha uma vantagem clara, fisicamente não tinha vantagem nenhuma", diz o jornalista.
"Quando o jogo começa, o Medvedev ganha o primeiro set e ganha o segundo set, já tinha 2h30 de jogo, você imagina o Nadal com 35 anos, com esse físico, não condicionado para um jogo desse e até ali não tinha uma vantagem tática e nem técnica na partida, você não imagina que ele vai virar um jogo desse contra o Medvedev depois de 2h30 de jogo, já cansado, vindo de partidas longas e ele tira essa vitória mais no coração do que em qualquer outra coisa", conclui.
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