A lenda do surfe Kelly Slater completa hoje, 11 de fevereiro de 2022, 50 anos de idade. Mas pensa que esse número impede que ele continue no topo de seu esporte? No último fim de semana, o 11 vezes campeão mundial deu show nas águas do Havaí e se emocionou como se fosse a primeira vitória da carreira após conquistar a cobiçada etapa de Pipeline, a primeira do Mundial de 2022.
Aproveitando a data especial, pensamos em outros dois veteranos que também são sinônimos de longevidade no esporte: Tom Brady, que anunciou a aposentadoria aos 44 anos na semana passada, com sete títulos da NFL, e Roger Federer, tenista de 40 anos que soma 20 Grand Slams e, após se recuperar de lesão, deve voltar este ano para dar ainda mais trabalho aos meninos.
Lendas devidamente citadas, convocamos os colunistas do UOL Esporte para opinar sobre a seguinte questão: qual longevidade mais impressiona? A de Kelly Slater, de Tom Brady ou de Roger Federer? A pergunta é difícil, mas eles fizeram o possível para sair do muro! Veja as respostas:
Entre Federer e Slater, o páreo é duro. Brady é espetacular no que faz e sua qualidade aos 44 é excepcional, mas joga um esporte coletivo e ocupa uma posição que não exige velocidade de deslocamento. A idade é um fator que pesa menos comparando com o tênis e o surfe. Slater, por sua vez, espanta ao vencer em Pipeline com quase 50 anos, e Federer, mesmo com toda exigência física do tênis, em que é preciso atacar e defender com velocidade o tempo inteiro, fez uma final de 4h57min contra Djokovic em Wimbledon às vésperas de completar 38 anos. Fico com o suíço.
ALEXANDRE COSSENZA
Pela natureza do esporte, Tom Brady. É quase sobrenatural que um quarterback consiga se manter em forma e sem lesões significativas por mais de duas décadas, em uma modalidade que destrói corpos, e cuja duração média de carreira é de apenas três anos. Nas suas infinitas temporadas de New England Patriots, ele contou com a proteção de uma offensive line fantástica, mas ainda assim é notável que tenha seguido atuando em altíssimo nível até os 44 anos.
ALICIA KLEIN
Vou ficar em cima do muro e puxar a sardinha para o esporte olímpico brasileiro. A longevidade que mais me impressiona é de Nicholas Santos. Aos 41 anos, ele continua sendo o melhor do mundo nos 50m borboleta. Em dezembro, ganhou o Mundial de Piscina Curta. Ok, não é uma prova olímpica, mas até aí o futebol americano também não e o surfe até outro dia também não era. A diferença para esses outros gigantes é que Nicholas, que foi um muito bom nadador de crawl, começou a se destacar nos 50m borboleta só quando Cielo e Fratus o deixaram sem espaço nos 50m livre, em 2012, aos 32 anos. Quando muitos encerravam a carreira, ele começava sua trajetória super vitoriosa.
DEMÉTRIO VECCHIOLI
Nunca surfei, nem joguei futebol americano, muito menos tênis. Mas me parece que a raquete exige mais que as ondas ou os lançamentos que permitem intervalos durante as competições. Por isso escolho o Federer, embora ele seja quatro anos mais moço que o Brady e dez que o Slater. E ele não chegará aos 50 ou mesmo aos 44. Em resumo: não sei!
JUCA KFOURI
Apesar de hoje a NFL quase proibir os defensores de encostarem nos QBs, a longevidade de Tom Brady chama mais a atenção pelo futebol americano ser um esporte físico em que lesões são rotinas para os atletas.
MARCEL RIZZO
Eu não gosto de surfe e nem de futebol americano, então vou de Roger Federer, embora também não seja fã de tênis. Se é que interessa a alguém, gosto de futebol, atletismo, basquete e luta greco-romana. Além de boxe e curling.
MENON
São três lendas, mas a longevidade de Tom Brady é a mais impressionante. Ser protagonista até os 44 anos em um esporte tão agressivo e que causa tantas lesões quanto o futebol americano é um feito que dificilmente será superado. Assim como Pelé no "nosso" futebol, Brady é o melhor em sua modalidade com enorme distância para o segundo colocado.
MILTON NEVES
Por ser o único cinquentão do trio, Kelly Slater é quem mais me impressiona. Esquecidas as diferenças entre os esportes, sua vitória em Pipeline foi como um piloto vencer o GP de Mônaco de Fórmula 1 às vésperas de completar 50 anos. E superando Hamilton e Versttapen na prova. Incrível.
PERRONE
É um páreo duríssimo. O que acho que talvez diferencie cada um é o tipo de lesão que eles possam ter sofrido durante a carreira. O Kelly praticamente não teve nenhuma grande lesão que o tenha afastado. O surfe talvez seja um esporte mais leve nesse sentido. O Tom Brady, por exemplo, tem contato, impacto, muito maiores. Tênis tem outros tipos de lesão por conta de movimentação e impacto também... Mas eu diria, sem querer puxar a sardinha para o meu esporte, que quem mais impressiona é o Kelly, pelo número de títulos em fases diferentes da vida e continuar competindo com tanta gente bem mais nova e de igual para igual, e em várias condições. E o que mais me impressiona é que ele ainda não sinaliza um momento de parada, ele está sempre no auge. É um cara que dificilmente está em baixa. A motivação, o prazer e o tesão que ele tem pelo que faz é impressionante.
THIAGO BLUM
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