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Como uma troca a contragosto mudou o jogo do mais novo queridinho da NBA

DeMar DeRozan, do Chicago Bulls, voltou a ser escolhido para o All-Star da NBA após quatro anos - Kamil Krzaczynski-USA TODAY Sports
DeMar DeRozan, do Chicago Bulls, voltou a ser escolhido para o All-Star da NBA após quatro anos Imagem: Kamil Krzaczynski-USA TODAY Sports

Do UOL, em São Paulo

16/02/2022 15h12

DeMar DeRozan vive a melhor temporada da carreira e não à toa foi eleito para o All-Star Game da NBA deste domingo (20), mas seu caminho até aqui não foi tranquilo. Ele foi trocado a contragosto há três anos e meio e se revoltou na ocasião, mas foi justamente a mudança que permitiu sua transformação no mais novo queridinho da liga americana de basquete.

Ele era ídolo e muito identificado com o Toronto Raptors, mas em 2018 foi para o San Antonio Spurs, em uma troca com Kawhi Leonard, e foi o último a saber.

"Foi um baque, foi pesado. Eu senti de tudo: raiva, ressentimento, frustração. Cada emoção negativa que você pensar, eu senti. Levei um longo tempo para entender tudo", admitiu DeRozan em entrevista à revista GQ norte-americana. Sua primeira reação foi ligar para o melhor amigo e então companheiro de Raptors, Kyle Lowry.

"Eu estava perturbado, porque ele estava perturbado. É meu irmão", disse Lowry. "Não sabia nem o que dizer, só fiquei sentado com o telefone na mão. Ele nunca pensou que seria trocado. Para nós dois foi algo: 'Como? Meu Deus!'", completou. Os dois haviam sido pilares da melhor campanha da história da franquia até então.

As temporadas pelos Spurs, porém, não foram tão ruins. DeRozan amadureceu seu jogo, foi usado em posições inéditas e aprendeu muito com o lendário treinador Gregg Popovich. Também diminuiu as tentativas de arremesso, parou de chutar de três e passou a comandar a quadra em um ritmo próprio.

"Isso me permitiu aceitar tudo o que eu não esperava que faria naquele momento. Foi passo a passo. San Antonio abriu toda a gama do meu jogo e me permitiu fazer muito mais", entende DeRozan, que atualmente vive sua primeira (e ruidosa) temporada com o Chicago Bulls.

Aos 32 anos, ele nunca foi tão eficiente quanto neste ano: não é a temporada em que mais arremessa, mas é a que mais pontua (27,9 pontos por jogo). Os Bulls têm a segunda melhor campanha da Conferência Leste e a quinta melhor da NBA (37-21).