Ecclestone questiona cancelamento de GP da Rússia: 'Não há guerra lá'
Ex-mandatário da Fórmula 1, Bernie Ecclestone questionou o cancelamento do Grande Prêmio da Rússia, marcado para setembro, devido a guerra contra a Ucrânia. Em entrevista para a agência britânica "PA Media", ele afirmou que não há conflito em território russo e que só o tempo dirá se a F1 tomou uma decisão correta.
Esta não é a primeira vez que Ecclestone apoia os russos. Na última semana, ele saiu em defesa do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao falar sobre um encontro que teve com o político no passado. Para o ex-chefão da F1, o mandatário russo é "muito direto e honroso".
Dias depois, ele criticou a postura da principal categoria do automobilismo ao retirar a Rússia do calendário deste ano.
"A Fórmula 1 decidiu que o certo a fazer era cancelar a corrida, mas se isso era a coisa certa a se fazer eu não sei. Não há guerra na Rússia. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) confirmou que (o GP da Rússia) foi cancelado porque a Fórmula 1 cancelou. Se ninguém tivesse falado sobre cancelar a corrida, tenho certeza que a FIA não faria nada", apontou Ecclestone.
"Ele (Putin) provavelmente não está feliz com o que está acontecendo, mas com todas essas coisas acontecendo, ele sendo apontado como um criminoso e com o mundo contra ele, eu não acho que ele se importaria muito com uma corrida de Fórmula 1", completou.
Por outro lado, o ex-chefão da F1 concordou com a manutenção dos pilotos russos no grid. A FIA autorizou a participação russa nas corridas, desde que estejam sob bandeira neutra. A organização nacional de automobilismo do Reino Unido, Motorsport UK, porém, proibiu a participação de pilotos e equipes da Rússia e de Belarus em competições realizadas em seu território.
"Os atletas russos não têm nenhuma relação com este conflito. Eles não são parte disso, nem nunca foram. Eles apenas são russos", defendeu Ecclestone.
No momento, a Fórmula 1 conta com apenas um piloto russo, Nikita Mazepin, da equipe Haas.
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