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Com punhos cerrados, ucranianos protestam contra guerra nas Paralimpíadas

Atleta ucraniano ergue o braço com o punho cerrado na cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Inverno de Pequim - Carmen Mandato/Getty Images
Atleta ucraniano ergue o braço com o punho cerrado na cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Inverno de Pequim Imagem: Carmen Mandato/Getty Images

04/03/2022 11h32

Parte da delegação da Ucrânia ergueu o braço com o punho cerrado durante a cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Inverno de Pequim em gesto de resistência contra a guerra no país.

Os atletas foram recebidos com aplausos no Ninho do Pássaro. O brasileiro Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, aplaudiu de pé os ucranianos.

Em seu discurso, Parsons falou sobre a invasão de tropas russas em território ucraniano.

"Esta noite, eu quero e preciso começar com uma mensagem de paz. Como líder de uma organização em que a inclusão é um de seus principais valores, as diversidades são celebradas, e as diferenças, abraçadas, eu estou horrorizado com o que está acontecendo no mundo neste momento. O século XXI é um momento de diálogo e diplomacia. Não de guerra, não de ódio", disse.

"A Trégua Olímpica durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é uma resolução da Organização das Nações Unidas. E precisa ser observada e respeitada", acrescentou.

Ontem, os atletas russos e bielorrussos foram proibidos de participar das Paralimpíadas de Pequim. Inicialmente, o Comitê Paralímpico Internacional havia autorizado os atletas dos dois países a participarem dos Jogos como neutros, mas a entidade voltou atrás após protestos e ameaças de boicote de outros países.