Quem é Gunther Steiner, chefe da Haas que Netflix transformou em herói cult

Em meio a equipes badaladas e estrelas da Fórmula 1, é um chefe de equipe ranzinza e de frases de efeito que se destaca como protagonista da série "Dirigir para Viver", a versão da Netflix para tudo o que acontece na categoria. Na quarta temporada, Gunther Steiner retorna com sua sinceridade brutal em mais uma gestão de crise na Haas.

O chefe da Haas viveu uma transformação na série da plataforma. Era irritado com tudo em 2019, ano em que a equipe desabou na classificação, e chegou a ter um episódio praticamente inteiro seu, no qual chamou os pilotos da equipe de "malditos idiotas" durante mais uma crise.

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Com o tempo, porém, ele passou a reagir melhor à turbulência. Atualmente, seu lado ranzinza concorre à versão sorridente de Steiner, que gosta de ostentar uma leveza de quem acredita ter uma tempestade sob controle. Entre a simpatia e os rompantes, a série o tornou um herói caricato, que é fonte de frases pitorescas do tipo "quando chove merda, nunca é garoa", referindo-se à dificuldade de Nikita Mazepin para guiar o carro no ano passado —o que eventualmente evoluiu para uma nova crise.

Nascido no extremo norte da Itália, Steiner estudou engenharia e se tornou mecânico de uma equipe do Mundial de Rally, nos anos 1980. Chegou à Fórmula 1 em 2001 e foi diretor da Jaguar por dois anos. Depois, assumiu cargo na Red Bull por mais quatro temporadas, afastou-se da F1 por alguns anos e voltou em 2014, já como chefe de equipe da Haas.

Espaço na série é também estratégico

A Haas deixou de ser competitiva na Fórmula 1 há três anos e vive uma situação peculiar: é a "nanica" do grid, que no passado já surpreendeu e andou entre as gigantes, mas que desde então não conseguiu se reencontrar. Ultimamente, a equipe sempre esteve em crise, com inúmeros problemas para resolver, e toda esta derrocada tem sido explorada à exaustão pela Netflix.

Ainda que não lute por vitórias há muito tempo, a Haas é a única equipe dos Estados Unidos no grid. Considerando que a Netflix e a "Dirigir para Viver" mira o público dos EUA como prioritário, a equipe é a que mais dá acesso às câmeras da série. Neste contexto, Steiner é um dos que mais aparecem nas telas.