Fórmula 1: Cinco coisas que aprendemos com o GP do Bahrein
Já foi dada a largada para a temporada de 2022 da Fórmula 1. Ontem (20), os pilotos foram à pista do Circuito de Sakhir, no Bahrein, para a primeira corrida do ano, que terminou com dobradinha da Ferrari, 'pane' da Red Bull na reta final e Hamilton em terceiro.
A configuração do pódio foi influenciada diretamente por problemas técnicos na Red Bull. Nas voltas finais, o atual campeão Verstappen, que ficou na segunda colocação por boa parte da prova, foi forçado a se retirar da corrida por falhas em seu carro, enquanto seu companheiro Perez rodou na pista.
Com isso, a Mercedes terminou a corrida com sua dupla na terceira e na quarta colocação e galgou posições no ranking das equipes, ficando atrás somente da Ferrari, que emplacou Leclerc e Sainz na liderança. Magnussen, que fechou o top 5 da prova, fez com que a Haas ocupasse o terceiro lugar entre as escuderias.
O UOL Esporte separou cinco fatores que foram determinantes na primeira corrida da temporada:
1) Ferrari é forte candidata neste ano
Os dois pilotos da Ferrari se destacaram nos treinos classificatórios e largaram nas primeiras colocações no GP do Bahrein: Leclerc em primeiro e Sainz em terceiro. Ambos mantiveram a dianteira e, com a saída de Verstappen, que se manteve em segundo durante praticamente toda a prova, terminaram a corrida nas primeiras posições do pódio.
A dobradinha foi a primeira da escuderia desde 2019. Com a consistência na pré-temporada, o grande resultado na primeira prova e a ótima velocidade apresentada neste início de 2022, as expectativas com a Ferrari já foram às alturas. A equipe italiana está se colocando como a que deve ser batida neste começo de temporada.
Além disso, o desempenho da dupla de pilotos é mais um indicador positivo para a Ferrari. Principalmente o do monegasco Charles Leclerc, que quer provar que pode ser um candidato ao título mundial deste ano.
2) Mercedes irá 'sofrer' para dar a volta por cima
Lewis Hamilton largou em quinto e terminou no pódio. No entanto, a classificação do inglês em terceiro, somada ao quarto lugar de George Russell, não pode passar a impressão de que a Mercedes está "tinindo". O próprio piloto heptacampeão ficou mais do que satisfeito com colocação na prova e prevê um "longo trabalho" em 2022.
"Foi uma corrida difícil, sofremos desde os treinos e este de fato era o melhor resultado que poderíamos conquistar", assumiu Hamilton. Neste começo de temporada, a equipe alemã não aparenta ter a mesma competitividade do ano passado, quando disputou o título até o último e polêmico GP de Abu Dhabi.
Em 2022, as adaptações no carro para atender às mudanças do novo regulamento estão preocupando os fãs da Mercedes, assim como o desempenho do motor. Outras escuderias que utilizam os propulsores da equipe alemã, como Aston Martin, McLaren e Williams, ficaram fora do quadro de pontuação do GP do Bahrein.
Por isso, tanto Hamilton como os fãs da escuderia esperam que a Mercedes consiga ajustar essas pontas soltas e melhorar no decorrer da temporada.
3) Problemas técnicos chamam a atenção na Red Bull
Verstappen teve problemas na direção e precisou abandonar a prova. Sergio Perez rodou na pista e também não terminou a corrida. Tudo isso na reta final do GP do Bahrein. O fim de prova trágico da Red Bull liga o alerta para a equipe neste início de temporada.
Na primeira prova, os carros da RBR se mostraram não muito confiáveis, apresentando problemas técnicos de alimentação de combustível, breque, pneus e direção. Por isso, a equipe que largou nas quatro primeiras posições não conseguiu sequer completar a prova.
Os erros na corrida incomodaram o atual campeão, que disse que os problemas "não podem acontecer neste nível". No entanto, os carros da Red Bull provaram que, se essas questões forem arrumadas, a velocidade poderá (re)colocar a equipe na briga pelo título.
4) Magnussen dá ânimo à Haas
Após terminar 2021 como a única equipe que não conquistou pontos na temporada, a Haas teve uma primeira corrida em 2022 mais do que animadora. Kevin Magnussen, que foi anunciado na primeira semana de março como o substituto do russo Nikita Mazepin, terminou na quinta colocação, após largar em sétimo.
A posição do dinamarquês rendeu dez pontos à equipe norte-americana. Por conta das circunstâncias de sua chegada, ele teve tempo de participar de apenas dois dias na última bateria de testes. Por isso, o resultado empolga a escuderia para o começo da temporada.
No entanto, o companheiro de Magnussen, Mick Schumacher, terminou a prova em 11º. De qualquer forma, o dinamarquês deu um fôlego novo à equipe em 2022, que já soma mais pontos do que na temporada anterior.
5) Aston Martin, McLaren e Williams terão longo caminho
Além da Red Bull, outras três equipes tiveram seus pilotos fora do top 10 e não pontuaram na primeira corrida de 2022: Aston Martin, McLaren e Williams. Na Aston Martin, Lance Stroll terminou em 12º e Nico Hülkenberg, que substituiu Sebastian Vettel (covid-19), ficou em 17º.
Daniel Ricciardo e Lando Norris, da McLaren, ocuparam a 14ª e 15ª posição, respectivamente. A Williams, por sua vez, teve Alexander Albon em 13ª e Nicholas Latifi em 16º.
O GP do Bahrein foi apenas a primeira prova da temporada, mas já coloca uma preocupação nessas equipes. Principalmente na McLaren, que terminou na 4ª colocação no Mundial de Construtores do ano passado e desapontou na corrida de abertura. Já a Aston Martin e a Williams terminaram em 7º e 8º no ranking das equipes em 2021.
Outra questão que paira sobre essas três equipes em 2022 é o motor, já que elas correm com o propulsor da Mercedes. Os próximos GPs definirão se esse será ou não um fator determinante para a temporada dessas escuderias na categoria.
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