Petrolífera a 11km do circuito da F1 na Arábia Saudita é alvo de bombardeio
O clima na Arábia Saudita está tenso durante o final de semana da Fórmula 1. Um grande incêndio aconteceu nesta sexta-feira (25) em um depósito de petróleo em Jeddah, durante a realização do primeiro treino livre.
Enquanto os pilotos estavam na pista para a primeira atividade do dia, um bombardeio foi realizado. As pessoas que estavam na pista não chegaram a ouvir ou sentir nada, mas puderam ver uma fumaça preta, conforme relatou a colunista do UOL Julianne Cerasoli. Segundo a Sky Sports e a AFP o local fica a 7 milhas (11,2 km) de distância de onde está montada a pista.
A petrolífera Aramco foi atingida por bombas e houve uma grande explosão. O grupo rebelde houthis, do Iêmen, reconheceu que lançaram uma série de ataques ao local.
A incorporação do GP da Arábia Saudita no circuito da principal categoria do automobilismo já vinha sendo alvo de debates, com a segunda etapa da temporada ficando sob ameaça de cancelamento após os primeiros ataques na região na última semana.
Os ataques ocorrem quando a Arábia Saudita ainda lidera uma coalizão que luta contra os houthis, apoiados pelo Irã, que tomaram a capital do Iêmen, Sanaa, em setembro de 2014.
Os sauditas, que entraram na guerra no Iêmen em 2015, foram criticados internacionalmente por seus ataques aéreos que mataram dezenas de civis - algo que os houthis apontam quando lançam drones, mísseis e morteiros.
A Aramco está muito envolvida na Fórmula 1. Além de ser a patrocinadora máster da categoria, também patrocina a Aston Martin. A F1 ainda não fez nenhum comentário sobre essa situação, mas os pilotos se reuniram com a direção da categoria antes do segundo treino livre.
O presidente da Fórmula 1, Stefano Domenicali, afirmou que os pilotos e os membros das equipes estão "seguros" em Jeddah. "Informei os pilotos e as equipes sobre a situação, com base nas informações que tive. Estamos por aqui e seguros", disse o italiano.
O segundo treino do dia na F1 foi realizado normalmente após ter sido atrasado em 15 minutos para os pilotos conversarem com Domenicali. Charles Leclerc, da Ferrari, foi o mais rápido do dia.
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