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Ginastas canadenses denunciam abuso físico e sexual e pedem investigação

Porta-bandeira do Canadá, a ginasta Rosie MacLennan conquistou o ouro na Olimpíada de Londres, em 2012 - DAVID GRAY/REUTERS
Porta-bandeira do Canadá, a ginasta Rosie MacLennan conquistou o ouro na Olimpíada de Londres, em 2012 Imagem: DAVID GRAY/REUTERS

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

28/03/2022 19h45

Ginastas canadenses alegam 'cultura tóxica' e pedem investigação

Um grupo de 70 ginastas do Canadá escreveram uma carta conjunta, divulgada hoje (28), pedindo uma investigação independente para avaliar uma "cultura tóxica e práticas abusivas" no esporte do país.

A carta, que foi encaminhada à diretora-geral do Sport Canada, Vicki Walker, relata abuso emocional, físico e até sexual e direciona a maioria das queixas para treinadores canadenses.

O grupo de ginastas inclui atletas que estão atualmente na seleção e também ex-atletas. Na carta, as atletas também ressaltam que o medo de represálias impediu as manifestações e reclamam da "incapacidade" da Gymnastics Canada:

"O atual conselho e CEO da GymCan não conseguiu resolver esses problemas e não conseguiu ganhar a confiança dos atletas. Sua incapacidade de responder adequadamente ao abuso sistêmico contínuo, maus-tratos e discriminação é preocupante. Pedimos ao Sport Canadá que tome medidas para garantir que a próxima geração de ginastas canadenses não esteja sujeita ao trauma físico e psicológico que tivemos que suportar", diz um trecho da carta.

Nos Estados Unidos, as ginastas da seleção se mobilizaram contra o médico Larry Nassar, que abusou de cerca de 330 atletas. Nassar teve um pedido de prisão por 300 anos expedido e a Federação e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos (EUA) concordaram em indenizar as atletas.