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Rizek após casos de violência no futebol: 'Vão esperar alguém morrer?'

Integrantes de organizadas do Flamengo fazem protesto na porta do CT Ninho do Urubu - Reprodução S1 Live / Twitter Isabelle Costa
Integrantes de organizadas do Flamengo fazem protesto na porta do CT Ninho do Urubu Imagem: Reprodução S1 Live / Twitter Isabelle Costa

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/04/2022 15h09

O programa 'Seleção SporTV", apresentado por André Rizek, mal havia começado e a violência no futebol já virou pauta - principalmente depois do ocorrido com as torcidas organizadas de Flamengo, com o protesto no Ninho do Urubu, e Corinthians, após conversa com elenco e ameaças ao goleiro Cássio. Para contextualizar sua indignação, Rizek elencou casos famosos de ídolos do próprio Corinthians que saíram do clube após casos de violência.

"O maior craque do Corinthians, o Rivelino, foi expulso do clube em 1974. O Edilson, craque do Mundial de 2000, também. Dezenas de pessoas tentaram invadir o campo do Pacaembu naquela eliminação da Libertadores, para o River Plate, e isso contribuiu para desmanchar um dos maiores Corinthians dos últimos anos. O Paolo Guerrero, que decidiu o Mundial, foi esganado. E agora, o Cássio. Um dos maiores ídolos da história do clube. É um absurdo", disse o apresentador.

De acordo com Sérgio Xavier Filho, seria preciso ter carro blindado para passar por esse tipo de protesto, em frente ao CT, como no caso do Flamengo. O comentarista também criticou o comportamento dos torcedores, e ressaltou: "não são bandidos torcedores, são torcedores com comportamento de bandidos. Não podemos tirar essa palavra 'torcedores' desses caras, senão a gente não está entendendo o futebol. Eles só estão ali, porque são torcedores. Repito, torcedores com comportamento de bandido"

Paulo Vinícius Coelho, o PVC, discordou: "o problema da nomenclatura é que torcedor não é isso, não pode agir assim. Isso não leva a lugar nenhum, só cria um clima hostil que tende a render resultados piores". E foi pensando nisso, que Rizek disparou: "Estão esperando morrer alguém para acontecer alguma coisa? Tivemos jogadores indo para o hospital após ataques de torcidas, isso [de morrer alguém] não está longe de acontecer. Onde queremos que o futebol chegue?".

André Rizek também relembrou o caso de ameaça que aconteceu durante a primeira fase do Campeonato Mineiro deste ano, após a marcação de um pênalti em Hulk: "Tivemos até um árbitro ameaçado em um clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, e que não valia nada para os dois clubes. O árbitro, Igor Júnior Benevenuto, não voltou para casa no dia, por conta das ameaças", afirmou.

"Se tem algo que a gente não vai conseguir domar é a insanidade do torcedor. Estamos vendo os dois clubes de maior torcida no Brasil passar por isso. No momento em que as diretorias topam conversar com esses torcedores, os clubes começam a admitir que isso é válido, o 'torcedor' se vê no direito de fazer isso, de mostrar essa agressividade para o jogador render mais. Esse pensamento, a gente não vai conseguir mudar. Mas as diretorias precisam romper com esses torcedores", concluiu Sérgio Xavier Filho, com a única possível solução encontrada no debate.