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OPINIÃO

Gomes: 'Verstappen teve fim de semana perfeito. Briga está aberta'

Do UOL, em São Paulo

24/04/2022 13h23

Era o quintal da Ferrari, mas a festa foi toda da Red Bull. A equipe austríaca teve o domínio completo do GP da Emilia Romagna, disputado neste domingo (24). Em um fim de semana perfeito, Max Verstappen conquistou um grand chelem - ou seja, foi o pole position, venceu a corrida de ponta a ponta e ainda cravou a melhor volta. Sergio Pérez completou a dobradinha da escuderia, que consolida sua reação na temporada.

Na Live F1 do Seixas e do Flavio, transmitida pelo UOL Esporte logo após as corridas da Fórmula 1, os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes comentaram os principais destaques do GP da Emilia Romagna. Eles destacaram o show da Red Bull e o pesadelo da Ferrari em Imola - Carlos Sainz abandonou logo na primeira volta e Charles Leclerc, que caminhava para o terceiro lugar, vacilou, perdeu o controle de seu carro na parte final da corrida e foi apenas o sexto colocado.

"Foi um fim de semana perfeito para o Verstappen. A briga está aberta na temporada. Deu absolutamente tudo certo para ele. Foi pole position, ganhou a corrida sprint, liderou todas as voltas, ganhou a corrida, fez a melhor volta... Fez 34 pontos em um domingo de muita frustração para a Ferrari", comentou Gomes.

Se por um lado a Red Bull e Verstappen comemoram o resultado em Imola, por outro o clima de desolação tomou conta da Ferrari e de seus tifosi, como destacou Seixas. "Foi com requinte de crueldade, na casa da Ferrari, em circuito lotado de torcedores italianos, com aquela festa e com uma Ferrari em excelente fase. Há quanto tempo o torcedor ferrarista não vai a um autódromo esperando por uma vitória ou até mesmo uma dobradinha da equipe? Deu tudo errado", disse o colunista do UOL.

Embora se mantenha na liderança do Mundial de Pilotos, Leclerc já vê a aproximação de Verstappen no retrovisor: são 86 pontos do monegasco contra 59 do holandês - 34 deles conquistados apenas neste fim de semana em Imola. No Mundial de Construtores, a Red Bull assumiu a segunda colocação com 113 pontos e já manda um recado para a líder Ferrari, com 124.

"É a inauguração de um recorde na Fórmula 1. O regulamento é novo. Hoje, temos um piloto em condições de fazer um fim de semana perfeito, com 34 pontos. E, logo na primeira vez, ele consegue. Deu tudo certo para o Verstappen e tudo errado para a Ferrari. Na Austrália, Leclerc teve um fim de semana perfeito. Hoje, ele largou mal e caiu lá para trás. O Sainz não teve nem uma volta na corrida e ficou atolado na brita após o enrosco com o Ricciardo", disse Seixas.

Gomes ressaltou que o clima de frustração tomou conta da Ferari em Imola. "Muita gente esperava uma vitória do Leclerc e, quem sabe, um pódio duplo para os carros da equipe italiana. No finalzinho, o Leclerc deu uma espanada e terminou a prova apenas em sexto. Se o Verstappen pudesse escolher um fim de semana perfeito, seria esse", analisou o colunista do UOL.

Para Seixas, o GP da Emilia Romagna foi decisivo para a temporada, já que restabeleceu a ordem na classificação dos Mundiais de Pilotos e Construtores. "Foi um fim de semana horrível para a Ferrari. Só não foi totalmente desastroso porque o Leclerc ainda conseguiu marcar uns pontinhos. De certa forma, é um fim de semana que deixa as coisas de forma mais realista na classificação do campeonato, que tomou um prumo que deve ter até o fim: Red Bull e Ferrari, que têm os melhores carros, e seus principais pilotos, Verstappen e Leclerc, lutando pelas vitórias", concluiu.

Não perca! A próxima edição da Live F1 do Seixas e do Flavio será logo após o GP de Miami, em 8 de maio. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no canal do UOL Esporte no Youtube e pelas redes sociais do UOL.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, a Ferrari tem 124 pontos no Mundial de Construtores, e não 116. O erro foi corrigido.
Diferentemente do que foi informado no texto, a Red Bull Racing tem 113 pontos no Mundial de Construtores, e não 69. O erro foi corrigido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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