Medina, sobre briga com família: 'Queria estar mais incluído nas decisões'
O surfista Gabriel Medina anunciou ontem (24) que voltará a competir na Liga Mundial de Surfe (WSL) depois de um afastamento que compreendeu as cinco primeiras etapas da temporada. O tricampeão mundial estava longe dos mares para cuidar da saúde física e mental, como informou o UOL na época. Ele revelou à Globo que tratou um quadro de depressão durante o período.
Segundo o próprio atleta, foram duas as principais razões de seu drama pessoal: o fim do casamento de quase dois anos com a modelo Yasmin Brunet e o rompimento de relações com a mãe, Simone, e o padrasto e treinador, Charles Saldanha.
Os dois casos, aliás, estão relacionados. Medina e Yasmin começaram a namorar em 2020 e fizeram uma longa viagem. Na volta, eles se depararam com Simone e Charles tendo se mudado para a casa ao lado, o que fez o surfista começar a perceber com apoio da namorada que não mandava na própria história, que tinha carreira e vida pessoal controladas pela família.
Medina e Yasmin, então, se mudaram. Com o tempo, o surfista se incomodou com o ciúme de Yasmin, que amigos dele dizem ser bastante controladora, e terminou o casamento. Mesmo após o fim do relacionamento, o laço com a família não foi refeito, como ele explicou ao "Esporte Espetacular". As razões são profissionais.
"Na verdade eu comecei muito cedo, com 14 anos eu já tinha um patrocinador e ganhava salário, e sempre tive uma gestão familiar, assim. Mas cheguei a um ponto que precisava profissionalizar minha vida, queria estar mais incluído em decisões. Acho que faz parte do amadurecimento de todo mundo. E somos humanos, cada um tem uma opinião, um jeito de pensar, faz parte. Não tenho falado muito com eles, espero que esteja muito bem lá com eles. Sei que minha irmãzinha está indo bem, eles estão viajando para caramba acompanhando ela", disse Medina, que espera retomar os laços no futuro.
As coisas vão se acertar, vamos dar tempo ao tempo. Com certeza [espero que as coisas se acertem]. Eu levo tudo para o lado da paz, meu sonho é a gente estar em harmonia, em família, meu pai biológico, meu padrasto, minha mãe e geral, meu sonho é todos estarem juntos e isso um dia vai acontecer."
Relembre a relação
Gabriel Medina e Yasmin Brunet começaram a se seguir no Instagram em março de 2020. No dia 13 daquele mês, eles foram vistos juntos em um bar de São Paulo — foram flagrados aos beijos e abraços.
Após o governo decretar quarentena por causa da pandemia de covid-19, eles passaram o período de isolamento social juntos e assumiram o romance. A modelo passou a morar na casa do surfista em Maresias, no litoral norte de São Paulo, mas, por causa da pandemia, não foi apresentada à família dele, o que incomodou Simone. Para tentar aproximar a mãe e a então namorada, Medina levou a família para uma viagem às Maldivas, onde as diferenças entre Simone e Yasmin ficaram mais evidentes.
Yasmin não come carne e incentivou Gabriel Medina a fazer o mesmo, enquanto a mãe achava que isso atrapalharia a carreira do filho. Simone também se diz muito devota à religião (ela é evangélica) e se incomodava com a espiritualidade de Yasmin.
Com o clima azedo, Gabriel foi fuçar os documentos da empresa que ele mantinha com a mãe, onde entrava todo o dinheiro da carreira dele, e descobriu que Simone tirava quase R$ 300 mil ao mês. Quando avisou que reduziria a "mesada" para R$ 200 mil, entrou em grave conflito com a mãe. Nesse rolo, Gabriel também descobriu que a mãe havia contraído empréstimos no nome da empresa.
Enquanto rompia com a família, Gabriel vivia um conto de fadas com Yasmin. Em menos de um ano, eles subiram ao altar em uma cerimônia no Havaí. Charles e Simone não foram avisados. Claudinho, pai biológico que até então tinha pouca relação com o filho, sim. Deu a benção ao casal em ligação de vídeo.
Incomodada, a mãe veio a público dizer que Gabriel vivia uma relação controladora e que a modelo era a responsável pelo afastamento dos filhos. Além de Gabriel, também Felipe Medina rompeu com a mãe, em um conflito paralelo também envolvendo relação conjugal.
Amparado por Yasmin, Gabriel estourou a corda antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio cobrando publicamente que o COB autorizasse a esposa dele a ir ao Japão como oficial técnico — na falta de atuação da Confederação Brasileira de Surfe, o COB havia permitido que cada surfista indicasse uma pessoa para a "comissão técnica" da seleção. Medina inicialmente levaria Charles, depois trocou para o técnico australiano Andy King, e em uma terceira etapa optou por Yasmin. O COB disse que era tarde demais e credenciou King.
O processo foi conduzido de maneira que Medina passou a ser apontado como um "menino mimado" por parte da opinião pública. Na praia de Tsurigasaki, perdeu na semifinal das Olimpíadas para o japonês Kanoa Iragashi e agiu como mau perdedor. Logo depois dos Jogos, não foi ao Taiti para uma das etapas do circuito mundial porque não havia tomado até então a vacina contra a covid — posteriormente a competição foi cancelada por conta da pandemia.
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