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Grávida de 38 semanas, alpinista olímpica pratica escalada na gestação

Grávida de 38 semanas, alpinista britânica Shauna Coxsey escala parede  - Arquivo pessoal/Instagram
Grávida de 38 semanas, alpinista britânica Shauna Coxsey escala parede Imagem: Arquivo pessoal/Instagram

Do UOL, em São Paulo

03/05/2022 15h09

Representante britânica na Olimpíada de Tóquio, a alpinista Shauna Coxsey defendeu sua decisão continuar praticando o esporte durante a sua gestação. Grávida de 38 semanas de seu primeiro filho, a atleta de 29 anos tem compartilhado a prática nas redes sociais e tem sido criticada por causa disso.

"Todo mundo avalia o risco de maneira diferente, e acho que as pessoas consideram que a escalada é um risco para mim. Mas quando estou escalando, estou dentro da minha zona de conforto", disse em entrevista a uma rádio local.

"Parece muito mais arriscado para mim andar na rua. Sinto muito mais probabilidade de tropeçar em uma calçada esburacada do que subir uma parede de escalada fácil".

Após ficar em 10º lugar na classificação final da Olimpíada de Tóquio e conquistar duas medalhas de bronze em campeonatos mundiais, Coxsey se aposentou da escalada competitiva, segundo o site britânico BBC.

Ela disse que conheceu o esporte aos três anos e que seu corpo sente quando ela não o pratica. "Se eu não escalar por uma semana ou mais, meu corpo fica meio desajeitado e tudo fica um pouco dolorido. Assim que eu volto para a parede e começo a me alongar e me mover novamente, meu corpo se sente mais conectado, bom e forte, assim como minha saúde mental."

Ela ressalta que não colocaria a vida do bebê em risco e reclama do bullying que vem sofrendo por causa da decisão de continuar a prática esportiva mesmo no estado avançado da gravidez.

"Eu não colocaria meu bebê em perigo. As pessoas pensam que eu posso cair e cair de bruços - o que é algo que eu nunca fiz ou vi acontecer antes. Para mim, compartilhar um pouco e comunicar como estou nesta gravidez e dizer que é possível continuar escalando de maneira segura foi muito importante. Mas é frustrante que outras mulheres estejam recebendo esse julgamento e optando por desistir de algo que amam e com a qual se sentem confortáveis. É uma posição tão triste de se estar - é bullying", finalizou.