Biles processa FBI em R$ 5 bilhões por omissão em abuso de médico
A multimedalhista olímpica Simone Biles faz parte de um grupo de cerca de 90 ginastas que está processando o FBI e pede mais de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5 bilhões) da agência por omissão no caso envolvendo Larry Nassar, ex-médico da equipe feminina de ginástica dos Estados Unidos.
Agentes do FBI sabiam em 2015 que Nassar foi acusado de abusar ginastas, mas não agiram e o deixaram livre para continuar com os abusos sexuais nos meses seguintes.
O médico cumpre pena de prisão perpétua após ter sido condenado a várias sentenças entre 2017 e 2018 por agressões sexuais contra mais de 250 ginastas, a maioria menores de idade, cometidas na Federação de Ginástica (USA Gymnastics), na Universidade estadual de Michigan e em um ginásio em Lansing, onde ele trabalhava.
Em 2015, a USA Gymnastics disse a agentes do FBI que três ginastas disseram ter sido abusadas por Nassar. Porém, a agência não abriu uma investigação formal nem informou as autoridades federais ou estaduais em Michigan, de acordo com um órgão de vigilância interna do Departamento de Justiça.
No ano seguinte, agentes do FBI de Los Angeles iniciaram uma investigação de turismo sexual contra Nassar e entrevistaram várias vítimas, mas também não alertaram as autoridades de Michigan. O médico só foi preso mais tarde.
O FBI tem seis meses para responder. Em maio, o Departamento de Justiça disse que não faria acusações criminais contra ex-agentes que não abriram rapidamente uma investigação.
Em 2018, a Universidade estatual de Michigan se comprometeu a pagar 500 milhões de dólares a mais de 300 vítimas. Já no fim do ano passado, um acordo foi fechado com a Federação de Ginástica, o Comitê Olímpico e Paralímpico americano (USOPC) e suas seguradoras para que as vítimas recebam outros 380 milhões de dólares.
*Com informações da AFP
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