Conselheiro do Atlético-GO acusado de mandar matar jornalista vai a júri
Começa amanhã (13) depois de quase 10 anos, o julgamento de Maurício Borges, ex-presidente do Atlético-GO, acusado pelo Ministério Público Estadual de tramar a morte do jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira, ocorrida em 2012. A informação foi divulgada pelo programa Fantástico deste domingo.
Segundo os autos do processo que tramita na Justiça de Goiás, o dirigente teria mandado matar o radialista em retaliação às críticas feitas pelo comunicador durante sua gestão no clube. O julgamento estava marcado para março, mas foi adiado após a defesa de Maurício Borges abandonar o plenário. Inicialmente marcado para 2020, o julgamento já havia sido adiado por causa da pandemia de coronavírus.
Além do ex-presidente, em fevereiro de 2013, também foram indiciados pelo homicídio: Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Maurício; o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier; e os policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva.
O julgamento será conduzido pelo juiz Lourival Machado da Costa, da 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida. Pelo menos 30 pessoas deverão participar como testemunhas.
Valério levou seis tiros dentro de seu carro por um motociclista que passava pelo local quando voltava para casa após o fim do programa do qual participava na Rádio Jornal 802 AM. Ele tinha 49 anos e desde então, sua família luta por justiça.
Atualmente, Maurício Borges ocupa o cargo de conselheiro do Atlético-GO. Em entrevista ao Fantástico, a defesa do cartola afirmou não existir provas para condená-lo. Em nota encaminhada ao programa da Globo, o clube disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
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