Topo

Fórmula 1

OPINIÃO

Seixas: 'Nada indica que Ferrari voltará a fazer frente à Red Bull'

Do UOL, em São Paulo

13/06/2022 04h00

A fanática torcida da Ferrari começou a temporada empolgada. Nas três primeiras corridas, Charles Leclerc venceu duas (Bahrein e Austrália) e foi segundo na outra (Arábia Saudita). Para completar, Max Verstappen não completou duas provas, o que fez o monegasco abrir uma larga vantagem na liderança do Mundial. A receita, porém, desandou: o atual campeão mundial ganhou quatro das cinco últimas corridas (a última delas neste domingo, no Azerbaijão) e disparou na ponta, enquanto Leclerc caiu de rendimento e foi ultrapassado por Sergio Pérez.

Na Live F1 do Seixas e do Flavio, transmitida pelo UOL Esporte logo após as corridas da Fórmula 1, os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes discutiram se a Ferrari tem condições de reverter os resultados ruins das últimas corridas. No Azerbaijão, seus dois pilotos abandonaram, o que facilitou para a Red Bull ter amplo domínio tanto no Mundial de Pilotos como no de Construtores.

"Nada indica que a Ferrari vai voltar a fazer frente à Red Bull. Para usar uma expressão futebolística, a Red Bull começa a fazer uma gordura e ficará mais difícil para a Ferrari conseguir dar essa volta. No começo do campeonato, as duas equipes tinham carros muito rápidos, mas o da Red Bull não conseguia chegar ao final da prova por problemas técnicos simples de resolver. Resolveu, enquanto a Ferrari vai ficando pelo caminho", analisou Seixas.

Gomes não vê uma recuperação imediata da Ferrari. "Sabemos que a capacidade de reação das equipes é muito diferente. Em equipes como a Ferrari, que sofrem uma pressão política e de mídia, em algo muito apaixonado, as coisas começam a dar errado e tendem a piorar. É difícil imaginar na Ferrari alguém respirando fundo e ver o que fará a partir de agora, que é o que a Red Bull fez após as quebras em duas das três primeiras corridas do ano", observou o colunista do UOL.

A fase ruim da Ferrari não preocupa apenas pelo desempenho da equipe italiana, mas também as escuderias que utilizam seus motores. "Dos quatro abandonos de hoje [ontem], foram quatro motores Ferrari. Nada indica que a Ferrari reverterá isso rápido. Não dá para colocar o título nas mãos do Verstappen, mas se eu tivesse que entrar em uma casa de apostas, apostaria nele. O bicampeonato do Verstappen é muito mais real do que o primeiro título do Leclerc. O primeiro título do Pérez é até mais real do que o do Leclerc", disse o colunista do UOL, citando os problemas dos pilotos da Alfa Romeo (Zhou) e Haas (Magnussen).

A dobradinha da Red Bull em Baku, a terceira da temporada, deixou a equipe e seus pilotos em situação confortável. Verstappen, vencedor da corrida no Azerbaijão, ampliou sua vantagem na liderança do Mundial de Pilotos: 150 a 129 pontos de Pérez, que assumiu a segunda posição. Leclerc, que liderou com folga no início da temporada, agora caiu para terceiro, com 116. Nos Construtores, a Red Bull foi a 279 pontos, 80 a mais do que a Ferrari.

Com a diferença cada vez maior e os problemas em sequência, Gomes vê a Ferrari em posição difície de ser revertida. "Foi a quinta vitória consecutiva da Red Bull no campeonato. A Ferrari não ganha desde o GP da Austrália, que foi a terceira corrida do ano. As coisas na Ferrari acontecem em um timing um pouquinho diferente e são mais tumultuadas", finalizou.

Não perca! A próxima edição da Live F1 do Seixas e do Flavio será logo após o GP do Canadá, em 19 de junho. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no canal do UOL Esporte no Youtube e pelas redes sociais do UOL.

Fórmula 1