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Invasão de torcida ao CT do Botafogo atrapalha nas contratações, diz Textor

John Textor, dono da SAF Botafogo, em visita ao Nilton Santos -  Vitor Silva/Botafogo
John Textor, dono da SAF Botafogo, em visita ao Nilton Santos Imagem: Vitor Silva/Botafogo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/06/2022 15h35

Em sua primeira entrevista ao vivo no Brasil, desde que se tornou sócio majoritário da SAF do Botafogo, o norte-americano John Textor abordou diversos temas relacionados ao futebol brasileiro. E um dos assuntos que chamou a atenção, durante sua participação no programa "Seleção SporTV', foi a violenta invasão ao Centro de Treinamento do clube por parte de torcedores organizados.

Para o novo mandatário do clube carioca, "aquela invasão dos torcedores foi transmitida em todo o mundo, e está impactando em todas as minhas conversas com jogadores, para possíveis contratações. Nunca vi isso no futebol, e lá fora isso teve muito mais impacto do que aqui. Não quero citar nomes específicos de jogadores [ao ser questionado sobre Zahavi], mas a questão da segurança é importante para ele e sua família. É preciso ter cuidado".

"Eu vi as imagens da invasão ao CT, e os mesmos torcedores que estavam batendo no peito dizendo que iria fazer isso para cobrar os jogadores são os que me pedem contratações. Agora, essas possíveis contratações podem não vir mais justamente por conta de atitudes como essas", criticou o norte-americano, que precisou explicar a pessoas próximas sobre essa estranha relação de 'amor e ódio' existente nas torcidas brasileiras.

Por fim, Textor fez um pedido especial aos torcedores - que costumam ir em peso ao estádio Nilton Santos, deixando o Botafogo com a sexta melhor média de púbico neste Brasileirão: "Sobre o torcedor que quer ir no estádio vaiar, criticar, por estar frustrado, eu entendo. Mas, no estádio, peço que apoiem mais, que incentivem, são coparticipantes, para que os jogadores possam render mais também".