Seixas: 'Chave da melhora da Mercedes tem sido a consistência'

O GP da Áustria marcou mais um passo da reação da Mercedes nesta temporada. Pela terceira corrida seguida, Lewis Hamilton subiu ao pódio e foi o terceiro colocado. George Russell, que fez uma prova de recuperação, cruzou a linha de chegada em quarto lugar. A sequência de bons resultados anima a escuderia alemã, que pode não rivalizar com Red Bull e Ferrari, mas está longe dos problemas de confiabilidade do início do ano.

Na Live F1 do Seixas e do Flavio, transmitida pelo UOL Esporte logo após as corridas da Fórmula 1, os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes comentaram sobre o crescimento da Mercedes nas últimas corridas. Os comentaristas destacaram a regularidade da escuderia como seu prinicpal ponto forte.

"Nas últimas três corridas, a Mercedes marcou mais pontos do que a Red Bull em duas. Foi 27 a 25 no Canadá e 33 a 31 na Áustria, com um fim de semana no qual o Verstappen venceu a corrida de classificação. Ou seja: é bastante coisa. A chave da Mercedes tem sido a consistência. Ela não tem um carro para ganhar em velocidade pura de Ferrari e Red Bull", observou Seixas.

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Passada meta da temporada, os pilotos da Mercedes exibem um desempenho bastante regular. Das onze provas disputadas até aqui, Hamilton e Russell só ficaram fora da zona de pontuação uma vez cada um - o heptacampeão foi o 13º no GP da Emilia-Romagna, enquanto seu companheiro não completou o GP da Grã-Bretanha após se envolver em um acidente. Tirando o abandono em Silverstone, Russell terminou todas as demais corridas entre os cinco primeiros colocados.

Seixas destacou um momento simbólico da corrida deste domingo no Red Bull Ring, quando Verstappen ultrapassou Hamilton sem grande esforço. Para o colunista do UOL, esta é a realidade da Mercedes, que não consegue competir com as duas principais rivais, mas se diferencia pela confiabilidade.

"Hoje foi muito claro quando o Verstappen chegou no Hamilton e o passou como quis. Foi fácil. Não lembrou os duelos que tivemos no ano passado entre esses mesmos pilotos. Red Bull e Ferrari têm os carros mais velozes da Fórmula 1, sem sombra de dúvidas, mas a Mercedes é a equipe que vem chegando sempre, e com seus dois pilotos", disse Seixas.

Gomes também ressaltou a evolução dos carros da Mercedes, que atenuaram os problemas de porpoising e não quicam tanto na pista. "Hamilton chegou a 41 segundos do Leclerc. Não luta para ganhar, mas vai na base da consistência e da confiabilidade. Começou o campeonato mal, com um carro problemático, e aos poucos vem melhorando. Andou bem em Silverstone e agora na Áustria, mas ainda longe da performance dos carros da Red Bull e da Ferrari", observou o colunista do UOL.

A recuperação de Russell ao longo do GP da Áustria comprova como a Mercedes fez um bom trabalho para corrigir suas falhas, como destacou Gomes. "A Mercedes vai melhorando. O Russell fez uma corridona. Os comissários o consideraram culpado por um toque no Pérez no início da prova e pagou por essa punição. Ainda trocou o bico do carro. Voltou lá atrás, com muita diferença para os outros. Conseguiu escalar o pelotão e chegar em quarto lugar. Aquela Mercedes do começo do ano não existe mais. Não é patética, pífia, mas ainda não luta para ganhar corridas. O carro não pula tanto e Hamilton e Russell aproveitam muito bem as chances que têm", completou.

Não perca! A próxima edição da Live F1 do Seixas e do Flavio será logo após o GP da França, em 24 de julho. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no canal do UOL Esporte no Youtube e pelas redes sociais do UOL.