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OPINIÃO

Seixas: 'Resultado desmoraliza Ferrari, que sai de férias em baixo astral'

Do UOL, em São Paulo

31/07/2022 14h13

A Ferrari foi uma das protagonistas do GP da Hungria deste domingo (31), mas não exatamente da forma como gostaria. Com uma estratégia questionável de pit stops, a equipe italiana acumulou erros no circuito de Hungaroring. Pior para Charles Leclerc, que até liderou a prova, mas terminou em sexto, viu Max Verstappen vencer com uma atuação de gala e agora vê o rival abrir uma confortável vantagem de 80 pontos na liderança do Mundial de Pilotos.

Na Live F1 do Seixas e do Flavio, transmitida pelo UOL Esporte logo após as corridas da Fórmula 1, os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes debateram sobre as falhas cometidas pela Ferrari no GP da Hungria. Os problemas em série abalam cada vez a confiança da escuderia, na visão dos comentaristas.

"É o tipo de resultado que desmoraliza. Você tem dois carros entre os três primeiros do grid. O teu adversário larga em décimo e você perde para esse cara. Não tem explicação. A Ferrari entra em férias completamente em baixo astral. Enquanto isso, do outro lado, o Verstappen está dando risada", comentou Seixas.

A Ferrari teve um início de temporada espetacular, com duas vitórias de Leclerc (Bahrein e Austrália) e u segundo lugar (Arábia Saudita) nas três primeiras corridas. A euforia, porém, logo deu lugar à apreensão com a reação de Verstappen e da Red Bull. Além da volta por cima dos rivais, a equipe italiana se atrapalhou em várias corridas, seja por falhas de estratégia, do carro ou de seus próprios pilotos.

Gomes destacou que, além do erro na estratégia em Hungaroring, a Ferrari também teve um desempenho abaixo do esperado. "Houve um componente muito claro de bobeada da Ferrari em algum momento da corrida, mas ao mesmo tempo ela não andou tudo o que se esperava. A Ferrari chegou à Hungria como até candidata e favorita à vitória. O próprio Verstappen falou isso durante a semana. A Ferrari não confirmou isso. Não sei se teve a ver com o frio, mas você junta o ritmo ruim a uma estratégia meio pastelão e dá nisso", analisou.

A discussão em torno da estratégia traçada pela Ferrari para o GP da Hungria paira sobre o momento em que chamou seus pilotos para os pit stops e, principalmente, pela escolha dos pneus para Leclerc. Na segunda parada, o carro do monegasco voltou à pista com compostos mais duros, que não conseguiam acompanhar o ritmo dos principais adversários.

"A Ferrari foi a única equipe grande que usou pneus duros na corrida. A Mercedes e a Red Bull usaram pneus médios e macios. Foi um erro de estratégia. Não era uma corrida ganha, mas dava para vencer. Só que parou na hora errada e não liberou o Leclerc para passar o Sainz no começo da corrida. O rendimento no seco, com temperaturas mais baixas, surpreendeu a própria Ferrari. Esse carro se adapta bem a esse tipo de pista, que exige muita tração", explicou Gomes.

Para o colunista do UOL, porém, a Ferrari cometeu outros erros na Hungria e que foram determinantes para o resultado decepcionante. "O que foi determinante para a Ferrari perder a corrida e o Leclerc sair de vez até da luta pelo pódio? Quando o Leclerc largou de pneus médios, fez a primeira parada e colocou médios também. A outra parada, obrigatoriamente, teria que ser com pneu diferente. A Ferrari pôs pneus duros no carro do Leclerc, que virou uma presa muito fácil para quem estava atrás", concluiu Gomes.

Não perca! A próxima edição da Live F1 do Seixas e do Flavio será logo após o GP da Bélgica, em 28 de agosto. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no canal do UOL Esporte no Youtube e pelas redes sociais do UOL.

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