Dança das cadeiras? F1 tem seis pilotos com contratos no fim; veja detalhes
A Fórmula 1 entrou nas tradicionais férias de verão desde o último domingo e, com as fábricas das equipes fechadas nas próximas semanas, a também conhecida "dança das cadeiras" passa a entrar em ação nos bastidores.
As movimentações já começaram: Sebastian Vettel anunciou aposentadoria ao final da temporada e deixou uma das vagas da Aston Martin aberta por... três dias: na segunda-feira (1), a equipe britânica acertou com Fernando Alonso, da Alpine, para suceder o tetracampeão alemão no posto.
Sem contar com o espanhol para 2023, a ex-Renault chegou a anunciar ontem o australiano Oscar Piastri, atual piloto de testes da escuderia, como substituto. O problema é que o jovem, que também tem ligação com a McLaren, negou que vá formar dupla com Esteban Ocon e deu início a um imbróglio que deve parar na Justiça.
As especulações não param por aí: outros seis titulares do grid têm contratos acabando no final da atual temporada e correm contra o tempo para a manutenção de suas vagas — restam dez GPs para a temporada acabar.
O UOL Esporte elaborou um "raio-x" da situação de equipes e pilotos para a segunda metade do campeonato, que volta à tona no último fim de semana de agosto.
Mercedes conta com Hamilton e Russell
Depois de trocar Valtteri Bottas por George Russell no fim do ano passado, a Mercedes não pretende fazer substituições em sua dupla tão cedo.
Heptacampeão mundial, Lewis Hamilton desfez o mistério antes de a atual temporada começar e renovou com os alemães até o fim de 2023.
Já Russell, que chegou há pouco tempo, não teve o tempo de seu vínculo informado — apesar disto, a escuderia revelou que o acordo é de mais de um ano e, portanto, ele será mantido para o ano que vem.
Red Bull: projeto para Verstappen e prêmio para Pérez
O projeto que reúne Max Verstappen e Red Bull é de longo prazo: o holandês, ao renovar seu vínculo até 2028, tornou-se o piloto com maior duração de contrato do atual grid.
Atual campeão da categoria, o jovem de 24 anos tornou-se símbolo da equipe e, com total prestígio e liderando a atual tabela, nem pensa em mudar de ares.
O mistério que rondava Sergio Pérez, outro titular da escuderia, também foi solucionado. Depois de boas corridas no início do ano, o mexicano foi "premiado" com uma extensão contratual e formará dupla com o atual companheiro até o fim de 2024.
Ferrari aposta em entrosamento de sua atual dupla
Outra equipe que não deve mexer em sua estrutura para os próximos meses é a Ferrari, guiada por Charles Leclerc e Carlos Sainz.
Depois de um início fantástico com o monegasco desbancando Verstappen, a empresa italiana cometeu falhas em diferentes corridas e, agora, vê o título dos construtores cada vez mais longe.
Apesar disto, Leclerc e Sainz, que estão juntos desde o ano passado e têm contratos até o fim de 2024, devem continuar como dupla na próxima temporada, segundo o site Insider.
McLaren: satisfação com Norris e alerta para Ricciardo
Atual 7° colocado na tabela — atrás somente das duplas da Mercedes, Red Bull e Ferrari —, Lando Norris é o queridinho da McLaren e assinou com vínculo até o fim de 2025 com a escuderia.
O problema, no entanto, atende pelo nome de Daniel Ricciardo. Em 12° na classificação com apenas 19 pontos conquistados até o momento, o australiano não conseguiu se firmar no carro britânico.
O contrato do experiente piloto vai até o término da temporada de 2023, mas o próprio CEO da McLaren, Zak Brown, já deixou claro haver brechas no documento para uma rescisão antes deste período.
Alpine perde Alonso e tem vaga aberta
Em um movimento rápido e surpreendente, a Aston Martin, que não terá o futuro aposentado Sebastian Vettel defendendo suas cores no próximo ano, anunciou um acordo com Fernando Alonso.
Sem contar com o espanhol no grid de 2023, a antiga Renault chegou a divulgar, ontem, quem formaria dupla com Esteban Ocon — que tem vínculo por mais duas temporadas. O escolhido foi Oscar Piastri, australiano que já atua como piloto de testes da equipe.
O suposto acerto, no entanto, chocou até o próprio jovem, que negou em suas redes sociais que vá atuar na Alpine no ano que vem — ele também assinou com a McLaren nos últimos dias. A novela deve parar na Justiça enquanto os franceses buscam um novo sucessor para Alonso.
AlphaTauri: será que Gasly fica? E o Tsunoda?
Parceira da Red Bull, a AlphaTauri viu as especulações sobre uma saída de Pierre Gasly rumo à "irmã mais poderosa" cessarem com a renovação de Pérez por parte da empresa de energéticos.
Com vínculo até 2023, o francês, no entanto, é um dos primeiros nomes sondados assim que uma vaga se abre no grid. Por enquanto, ele fica.
A situação da escuderia é mais nebulosa quando o assunto é o parceiro de Gasly. É que Yuki Tsunoda vê seu contrato expirar em dezembro e, com apenas 11 pontos em 13 corridas, vive apreensão em torno de seu futuro na F1.
Aston Martin praticamente definida
Com a contratação de Alonso para suceder Vettel, a Aston Martin não deve ter grandes mistérios em sua dupla para o ano que vem.
Filho do principal proprietário da equipe, Lance Stroll tem vínculo até o fim do ano, mas conta com o aval do pai para permanecer.
O grande objetivo de Lawrence Stroll, aliás, é fazer do herdeiro um campeão mundial da categoria. Para isso, ele não mede esforços para arrumar companheiros experientes para auxiliar na evolução do jovem.
Alfa Romeo vive dilema
Com uma dupla completamente diferente para a temporada, a Alfa Romeo colhe os dois lados de sua aposta no experiente Valtteri Bottas e no jovem Guanyu Zhou.
Enquanto o finlandês ex-Mercedes surge na 9ª posição e mostra certa regularidade nas corridas, o estreante chinês, que possui vínculo até o fim de 2022, só pontuou em duas provas no ano — ele abandonou outros quatro GPs.
Sem o surgimento de anormalidades, Bottas está garantido no grid do ano que vem. A situação de Zhou, no entanto, inspira cautela: mesmo com o desempenho ruim, o piloto tem ao seu lado a questão comercial, já que a China é considerada um bom nicho mercadológico para a categoria.
Williams em baixa e com indefinição
Após perder Russell para a Mercedes, a Williams optou pelo retorno de Alexander Albon à Fórmula 1 em início de dupla com o já testado Nicholas Latifi.
O problema é que os dois ocupam as últimas posições na atual tabela: o tailandês somou apenas três pontos, enquanto o canadense, filho do dono de uma das maiores patrocinadoras da escuderia, está zerado — apenas Nico Hulkenberg, que substituiu Vettel duas vezes no início da temporada, fica atrás da dupla da Williams no campeonato.
Os contratos tanto de Albon quanto de Latifi vão até o fim deste ano, o que gera ainda mais ruídos em torno de uma possível renovação no quadro de pilotos da equipe. De acordo com o Insider, o brasileiro Felipe Drugovich aparece entre os cotados para um dos lugares, ao lado de Logan Sargeant e Nyck de Vries.
Haas: Schumacher fica?
Filho do heptacampeão Michael Schumacher, o alemão Mick Schumacher estreou na Fórmula 1 no ano passado e, ao lado de Nikita Mazepin, não conseguiu mostrar resultados empolgantes.
Apesar disto, a equipe renovou com os dois, mas o russo acabou demitido em meio à guerra envolvendo o seu país e a Ucrânia. A solução foi "reativar" Kevin Magnussen, que defendeu as cores da escuderia em 2020 e voltou a pilotar neste ano em um contrato de mais de um ano.
O desempenho da Haas é bastante superior ao trabalho que foi feito na temporada anterior: enquanto Mick tem 12 pontos (15ª posição), o dinamarquês soma 22 pontos e está em 11°. Com Magnussen assegurado para ano que vem, resta saber se os adversários vão entrar no mercado para "capturar" Schumacher, que tem passe vinculado à Ferrari.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.