Mariana Becker deixa F1 de lado em livro de crônicas que começou com cartas
Esqueça bastidores da Fórmula 1, como uma descrição de Lewis Hamilton por trás das câmeras ou sobre a relação dos pilotos brasileiros. A repórter Mariana Becker, 51, ex-Globo e atualmente na Band, lançou um livro de crônicas e escolheu como protagonista suas aventuras pelo mundo ao longo de anos cobrindo a principal categoria do automobilismo, que é apenas uma coadjuvante nas quase 300 páginas de "Não inventa, Mariana" (Editora Labrador, 272 páginas).
A maioria das citações à Fórmula 1 aparece no início do livro, como um pano de fundo para suas vivências em determinados países. Depois, só para situar o leitor de por que Mariana estava em determinado lugar. Mas o foco mesmo é em relação às histórias de viagens, momentos inusitados e pensamentos sobre a vida.
A ideia de juntar as crônicas em um livro começou em uma ida ao interior do Japão, conta Mariana. A repórter escrevia para casa e para uma amiga de Tóquio encantada com o que via. A família da amiga gostou tanto das histórias que pediu mais. Isso despertou o desejo da jornalista de continuar contando sobre as viagens.
"Viajava muito sozinha, chegava de noite e escrevia o que eu tinha vivido. Naquela época, escrevia carta. Depois, e-mail. E carta é crônica, uma história pequena que queremos contar para alguém. Do e-mail, comecei a colocar na minha conta pessoal do Facebook, só para amigos e familiares. As pessoas gostavam de ler. Abri a conta aberta no Instagram, e as pessoas tinham uma reação. Aí amigos e gente da família perguntando sobre colocar em um livro", explicou a jornalista em entrevista ao UOL Esporte.
Quem lê o livro sente uma Mariana que alterna entre a vida agitada e a calmaria. Ela mesmo se define como uma "aspirante zen" em uma passagem pelo Camboja. Vai aqui um spoiler: a jornalista tenta fazer massagens em quase todos os lugares que vai, seja em um aeroporto ou na Índia.
Por outro lado, a jornalista acumula aventuras, como cavalgada no interior do Marrocos, um quase encontro com ursos no Japão e um dia observando lobos no sul da França. O lado espiritual da repórter também não fica de fora. Ela mostra que um dos programas favoritos nas viagens é visitar igrejas e templos de diferentes religiões.
E, por incrível que pareça, teve história que ficou de fora do livro, afinal, Mariana contou com rigorosas avaliadoras: suas duas irmãs e uma "amiga-irmã".
"Quem me ajudou nisso foram as minhas irmãs, duas delas, e uma italiana que é quase irmã. Fomos organizando durante a pandemia, e ainda assim foi difícil. Fui escolhendo junto com elas. Ao mesmo tempo, elas são leitoras vorazes e são bastante críticas. Eu confiava no que elas diziam. Uma das crônicas que eu queria botar, eu era surfista, e minha irmã disse que estava meio filosofia de surfista, mas eu achei tão legal, escrevendo o troço seríssimo, achando que estava muito profunda", brincou.
A obra é dividida em cinco partes que passam pelos perrengues longe de casa, as experiências vividas ao redor do globo, os prazeres e a vida cotidiana em Mônaco, os sentimentos e a solidão de morar em outro país e a relação afetuosa com a família.
Quanto ao título "Não inventa, Mariana", trata-se de uma frase que ela cansou de ouvir na infância por causa do jeito de sempre estar inventando moda ou algo diferente para fazer ou falar. "Pensando bem, é a frase que eu mais ouço até hoje", escreveu.
O livro de Mariana Becker está à venda por R$ 59,90, e a jornalista já fez sua primeira noite de autógrafos na última quinta-feira, no Rio de Janeiro. O próximo evento será em Porto Alegre, nesta quinta. Já o lançamento em São Paulo acontecerá na semana do Grande Prêmio do Brasil.
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