Surfe: O que brasileiros precisam para avançar à final do Circuito Mundial
O Circuito Mundial de Surfe desembarca a partir de hoje em Teahupo'o, no Taiti, para a 10ª e última etapa antes do WSL Finals, a grande final que decidirá o campeão e a campeã da temporada. O evento nas temidas ondas tubulares vai definir os últimos classificados para a decisão, que será realizada em setembro, na Califórnia (Estados Unidos), apenas entre os cinco primeiros do ranking.
O Brasil já tem um representante garantido na final: Filipe Toledo, líder do ranking no masculino, carimbou sua vaga ainda na etapa do Brasil, realizada em Saquarema no fim de junho.
No masculino, outro classificado é o australiano Jack Robinson, vice-líder do ranking que garantiu seu lugar no Finals no mês passado, em J-Bay, na África do Sul. Se chegar à semi em Teahupo'o, Filipinho vai assegurar a primeira colocação, mesmo que Robinson vença no Taiti, e ficará mais perto de seu primeiro título mundial, já que o líder do ranking avança direto para a grande final do Finals.
O top 3 do ranking ainda conta com outro australiano, Ethan Ewing, que soma 40.970 pontos, contra 39.130 do brasileiro Italo Ferreira, quarto colocado. O campeão olímpico tem vantagem considerável para o sexto colocado (o primeiro fora da zona de classificação para o Finals), o japonês Kanoa Igarashi (35.525). Ainda assim, Italo precisa alcançar a semifinal em Teahupo'o para não correr nenhum risco. Quem fecha a zona de classificação no momento é o americano Griffin Colapinto, quinto com 36.800 pontos.
Além de Filipinho e Italo, o Brasil tem mais dois surfistas com chances de classificação para a final, mesmo que remotas: os irmãos Pupo. Miguel é o nono colocado no ranking, com 30.185, pouco à frente de Samuel, que aparece em 11º, com 29.910. Porém, eles precisam vencer no Taiti e ainda torcer por outros resultados para que se classifiquem para o Finals.
Os demais brasileiros não têm mais chances: Caio Ibelli (12º no ranking), Jadson André (22º), Yago Dora (23º) e Gabriel Medina (24ª e última posição). O tricampeão mundial somou poucos pontos na primeira metade da temporada após abrir mão das etapas para cuidar da saúde física e mental. Ele retornou na sexta etapa, fez duas semifinais, mas foi eliminado precocemente na segunda rodada em Saquarema. Para piorar, lesionou o joelho no evento brasileiro. Em recuperação, abriu mão das disputas da África do Sul e do Taiti e não compete mais nesta temporada.
Tati é esperança única no feminino
No feminino, Tatiana Weston-Webb é a única representante brasileira e ocupa a terceira colocação do ranking, com 42.610 pontos, atrás da havaiana Carissa Moore e da francesa Johanne Defay, já classificadas para a final. A australiana Stephanie Gilmore (41.625) e a costarriquenha Brisa Hennessy (40.285) fecham o top 5.
Tati vem de vitória em J-Bay e tem 3.605 pontos de vantagem em relação à sexta colocada, a americana Lakey Peterson. Vice-campeã mundial em 2021, ela é uma das oito surfistas com chances matemáticas na briga pelas três últimas vagas.
A brasileira até tem chance de confirmar seu nome no Finals se avançar ao menos uma bateria. Porém, para não depender de outros resultados, ela se garante matematicamente se chegar ao menos às semifinais em Teahupo'o. A janela da etapa do Taiti começa hoje, com a primeira chamada às 14h (de Brasília), e vai até o dia 21 de agosto.
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