Caso Leandro Lo: defesa acusa invasão a celular de PM e o pede de volta
A defesa do tenente da PM Henrique Velozo, que atirou e matou o lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, disse hoje que o celular do policial foi ilegalmente acessado e sua conta no Instagram foi reativada contra sua vontade. O aparelho foi entregue aos investigadores da Polícia Civil de São Paulo no domingo (8) um dia após o crime, quando Velozo foi preso.
O advogado Claudio Dalledone pediu ao juiz do caso que o celular seja devolvido à família do policial porque o equipamento estaria "sendo ilegalmente acessado, modificado e bisbilhotado", disse o defensor na petição. Ontem, o perfil do Instagram de Velozo, que havia sido desativado, voltou a ficar ativo, o que revoltou a família do lutador.
De acordo com a defesa do policial, que segue preso, o acesso à conta se dá por meio da verificação em duas etapas, na qual a rede social pede um código enviado por SMS. O perfil só poderia ser acessado por quem detém o chip do aparelho, que está sob a guarda da Polícia Civil.
Procurada para comentar o caso, a assessoria da Polícia Civil não havia se pronunciado até a publicação da reportagem.
"A conta da rede social Instagram do policial Velozo foi ilegalmente invadida e modificada", afirmou Dalledone em comunicado à imprensa. "A conta, que até então era fechada, foi ilegalmente aberta e publicizada para tudo e todos. Velozo possui duplo fator de autenticação, ou seja, para modificar qualquer detalhe em sua rede social, obrigatoriamente precisa do seu aparelho telefônico e do chip cadastrado (ambos foram entregues para a autoridade policial)", disse o advogado.
"Mesmo que eventualmente exista uma autorização judicial para a extração dos dados contidos no aparelho, importa dizer que essa autorização não é um salvo conduto para fazer o que se bem entende. A extração de dados, como o próprio nome diz, é a extração pura e fidedigna do conteúdo constante no aparelho. E? vedada a modificação e a alteração clandestina dos dados, sob pena, inclusive da imputação de crime de fraude processual."
Na madrugada de sábado (7) para domingo, o policial se envolveu em uma briga com o lutador Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu, durante um show de pagode na zona sul de São Paulo. O PM, que estava de folga, mas armado, e deu um tiro na cabeça do atleta. Segundo sua defesa, Velozo agiu em legítima defesa ao se ver cercado por Leandro e seus amigos.
De acordo com testemunhas, porém, o policial provocou o lutador ao erguer uma garrafa de bebida perto da mesa onde ele estava com amigos. Depois da morte de Leandro, o policial foi filmado em prostíbulo e passou o domingo em um motel, antes de ser preso. A 16ª Delegacia de Polícia investiga o caso.
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