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Do Bronx: 'Conheço o crime de todos os lados, mas escolhi o lado certo'

Charles Do Bronx disse que conheceu o crime antes de brilhar no UFC - Louis Grasse/ Px Images
Charles Do Bronx disse que conheceu o crime antes de brilhar no UFC Imagem: Louis Grasse/ Px Images

Do UOL, em São Paulo

16/08/2022 21h39

Maior atleta do MMA brasileiro na atualidade, Charles Oliveira não ganhou o apelido de Do Bronx à toa. De acordo com o próprio lutador, o nome surgiu porque remete à periferia. Nascido no Guarujá, no litoral de São Paulo, o peso-leve (70 kg) não deixa as origens de lado nem mesmo sendo um dos principais lutadores do UFC.

Em entrevista ao podcast "Flow", na noite de hoje, Do Bronx admitiu que já teve contato com o crime e contou que faz um trabalho na periferia para ajudar a nova geração.

"Eu quero fazer algo pela comunidade, quero continuar mostrando para essa molecada. Eu conheço o crime de todos os lados. Vivi dentro da comunidade, sei o que é certo e o que é errado. Graças a Deus eu escolhi o lado certo. Amigos meus escolherem o lado errado. São amigos meus até hoje, eu abraço, cumprimento, sempre dou uma palavra de conforto para tentar... dá para mudar ainda, dá para ser algo melhor", afirmou Charles do Bronx ao "Flow", antes de completar.

"Mas a minha intenção verdadeira é a molecada. Hoje, graças a Deus, a molecada quer ser o Charles, quer ser o campeão. Eu quero trabalhar nisso. Por isso a gente montou o instituto, a ONG, para poder evoluir, fazer coisas novas", acrescentou.

No podcast, Charles contou que montou um instituto onde oferece aulas de MMA no Guarujá. Segundo o lutador, o projeto social vem crescendo e já formou alguns lutadores. Ele revelou também que está construindo uma academia do zero.

Do Bronx, que conquistou o cinturão do peso-leve (70 kg) do UFC em maio de 2021, defendeu seu posto em dezembro daquele ano. Mais recentemente, em maio de 2022, ele voltou a vencer em uma conturbada sequência de acontecimentos que culminou com a falha na balança e a perda de seu cinturão. Ele volta ao octógono em 22 de outubro, contra Islam Makhachev.

"Poder levar o cinturão [para a comunidade] foi algo muito importante. A molecada poder pegar o cinturão na mão. Quero continuar trabalhando, fazendo isso, mas hoje tem pessoas que estão trabalhando no instituto, na academia", contou o lutador.