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Como declínio do United pós-Ferguson 'ajudou' Toto Wolff na Mercedes

Toto Wolff, chefe da Mercedes em Gp da Fórmula 1 - Lars Baron/Getty Images
Toto Wolff, chefe da Mercedes em Gp da Fórmula 1 Imagem: Lars Baron/Getty Images

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/08/2022 10h16

A passagem vencedora de Alex Ferguson pelo Manchester United marcou Toto Wolff, chefão da Mercedes na Fórmula 1. Em entrevista à "Financial Times", o austríaco revelou que a decadência do time inglês após a saída do técnico escocês foi seu objeto de estudo na busca por manter sua equipe no topo do automobilismo.

Sob o comando de Toto Wolff, a Mercedes conquistou os últimos oito campeonatos mundiais de construtores e viu o domínio de seus pilotos prevalecer entre 2014 e 2020 (6 títulos de Hamilton e 1 de Rosberg), com a sequência sendo quebrada somente por Max Verstappen, da Red Bull, em 2021. De acordo com o austríaco, a fórmula para o sucesso após seus estudos está justamente na parte humana.

"Estudei o motivo de grandes equipes não conseguirem repetir grandes títulos. Nenhuma equipe esportiva em qualquer esporte ganhou oito títulos consecutivos do Campeonato Mundial e há muitas razões para isso, e o que está no centro é o humano. O humano fica complacente. Você não está energizado da mesma forma que estava antes. Você talvez não seja tão ambicioso", disse Wolff ao fazer referência ao Manchester United.

Sob o comando de Alex Ferguson, o time inglês conquistou 13 vezes o Campeonato Inglês, sendo tricampeão consecutivo em duas oportunidades (1998/1999, 1999/2000, 2000/2001 e 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009). Após a saída do escocês, em 2013, os Diabos Vermelhos não voltaram mais a conquistar a Premier League.

Sobre a dificuldade de manter o foco, Toto Wolff disse que existem outros problemas maiores e que já enfrentou questões mais difíceis.

"Muitas vezes recebo a pergunta: 'Quão difícil é isso? [manter o foco]'. Tive tantos períodos, tantos episódios na minha vida que julgaria difíceis, que isso não está na mesma escala. Não acho que seja desafiador de certa forma, porque tive momentos muito mais difíceis em toda a minha vida, não particularmente na Fórmula 1, mas na verdade isso está dentro da minha zona de conforto", afirmou.

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