Massa relembra detalhe que o fez sobreviver ao acidente com mola na F1
O ex-piloto Felipe Massa, que atuou por quase duas décadas na Fórmula 1, revelou detalhes do acidente sofrido no GP da Hungria de 2009, quando defendia a Ferrari.
Em participação no podcast "Flow", o paulista disse que a mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello (Brawn) e atingiu seu capacete poderia gerar sua morte — o fato ocorreu ainda no treino classificatório daquele fim de semana.
"Estávamos a 240 km/h, era na classificação. No último setor da pista, eu cheguei no Rubinho. Ele estava devagar para preparar a volta dele e até me atrapalhou na última curva. Aí ele começou [a volta rápida] e eu encerrei minha volta grudado nele. Eu já estava na minha volta 'devagar' para voltar para o box. Aí ele foi abrindo e, na hora que ele chegou na curva 4, caiu a mola do carro dele e foi pingando no chão. Eu acho que a mola deve ter batido em uma zebra e voltou. Na hora que voltou, eu estava vindo", iniciou Massa.
O ex-piloto afirmou que, pouco antes de "apagar" diante do impacto, reagiu de uma maneira que pode ter resguardado sua vida.
"Não lembro de nada e apaguei. Tive muita sorte porque, em um carro de Fórmula 1, a gente acelera com o pé direito e freia com o esquerdo. Na hora que tomei a porrada, minha reação foi acelerar e frear ao mesmo tempo até bater. Aí o freio conseguiu diminuir um pouco a intensidade. Imagina se eu só acelero? Ia ser muito pior", prosseguiu ele ao podcast.
Osso triturado
O brasileiro, que chegou a ficar em coma induzido diante da gravidade do acidente, aprofundou as consequências do impacto da mola em seu corpo.
"Aquela mola bateu bem na minha testa do lado esquerdo. Eu triturei todo o osso da testa. Me puseram em coma induzido e a operação que fiz foi para tirar esse osso. Tive muita sorte que não chegou a entrar no cérebro. Perdi três litros de sangue. [...] Um milímetro pra lá eu teria ficado cego, um pra cá eu poderia ter morrido...".
Por fim, Massa afirmou que, se o acidente tivesse ocorrido anos antes, o desfecho poderia ser outro.
"Fizeram um teste do impacto que eu tive. Foi tipo tomar um tiro de uma AK-47. Aí, inventaram uma viseira de carbono e, hoje em dia, não tem mais isso, mas o [atual] capacete consegue bloquear este acidente. Se fosse três anos antes, o capacete não teria aguentado. A chance de eu ter morrido era grande", finalizou ao Flow.
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