Caso Leandro Lo: polícia faz reconstituição do crime sem a presença de PM
A Polícia Civil de São Paulo realiza na manhã de hoje a reconstituição do assassinato do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, que ocorreu no começo do mês em uma balada na zona sul da capital paulista.
O tenente da PM Henrique Velozo, que admitiu ter atirado na cabeça do lutador, não participa da simulação dos fatos que levaram à morte do atleta. A simulação é feita com base no depoimento das testemunhas que falaram com a polícia.
Apesar de admitir ter atirado em Lo, Velozo preferiu ficar em silêncio em seu depoimento um dia depois do crime. A defesa dele afirma que o policial agiu em legítima defesa, o que já foi descartado na investigação. De acordo com as testemunhas, o PM provocou o atleta e foi imobilizado pelo campeão mundial de jiu-jítsu. Depois de ser libertado, ele atirou em sua cabeça.
A reconstituição foi pedida formalmente pelo advogado de Velozo, Claudio Dalledone. É possível que esta seja a última etapa do inquérito policial, a não ser que a polícia decida ouvir outras testemunhas.
Depois da conclusão, o caso será remetido ao Ministério Público, que fará a denúncia. Se for condenado por homicídio doloso, o policial poderá pegar até 30 anos de prisão. Velozo está preso no Romão Gomes, presídio que recebe policiais, após o MP pedir a prisão temporária por 30 dias.
A Briga
Segundo o depoimento de um amigo de Leandro, o tenente da PM abordou Lo e colocou copos vazios em suas mãos. O ato, visto como uma provocação, incomodou o campeão mundial, que relatou o incômodo ao amigo.
Imediatamente após essa provocação, ainda segundo a testemunha, Velozo voltou à mesa de Lo, pegou uma garrafa de uísque e a ergueu, em "nítida provocação" ao lutador. Segundo as testemunhas, o campeão de jiu-jítsu então derrubou o PM e posicionou-se sobre o peito do policial.
"O autor [Henrique Velozo], após se levantar, caminhou alguns metros em sentido oposto ao de Leandro, dando indícios de que a desavença havia cessado e que deixaria o lugar, todavia, de maneira brusca e inesperada, sacou uma arma de fogo que levava consigo sob suas vestes, presa ao cós de sua calça, voltou-se para a vítima e disparou contra a sua face, alvejando-a na testa", afirma o relatório da polícia, descrevendo o relato de uma das testemunhas.
Segundo a mãe de Lo, Fátima, o filho e o PM já se conheciam, e Velozo foi à casa noturna com a intenção de matar o campeão mundial.
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