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De Chilavert a Shevchenko: veja atletas estrangeiros que viraram políticos

Chilavert, ex-goleiro paraguaio, e Shevchenko, ex-atacante ucraniano, são alguns dos que se aventuraram no mundo político - Montagem UOL
Chilavert, ex-goleiro paraguaio, e Shevchenko, ex-atacante ucraniano, são alguns dos que se aventuraram no mundo político Imagem: Montagem UOL

Do UOL, em São Paulo

05/09/2022 04h00

Conquistar as pessoas é uma das funções mais importantes da vida de um atleta, que precisa trabalhar duro para tornar-se ídolo dos torcedores — tanto em esportes individuais quanto em coletivos. Na política, a constante busca pela aprovação do público também é fator crucial para a construção de uma carreira de sucesso.

Diante disto, alguns atletas uniram o "útil ao agradável" e, depois da aposentadoria no esporte, resolveram entrar de vez nos bastidores do poder.

O fenômeno não é novo e acontece em massa não só Brasil, mas também fora dele. Em alguns casos, a aventura durou pouco. No entanto, há histórias bem-sucedidas ao redor do mundo.

O UOL Esporte listou alguns esportistas famosos que, depois de terminarem suas trajetórias de décadas após sonho de infância, partiram para um outro trabalho: o de servir à sociedade. Confira alguns deles abaixo:

Vitali Klitschko

Ex-pugilista campeão mundial dos pesos pesados, Klitschko entrou de vez na política nos anos 2000 e criou seu próprio partido, assumindo a prefeitura de Kiev, capital da Ucrânia, em 2014.

Ele, inclusive, teve atuação direta com a guerra envolvendo o seu país e a Rússia. Ao lado de seu irmão, o também pugilista Wladimir Klitschko, o político deixou de lado o traje social e comandou parte da defesa do exército local no início dos ataques.

O prefeito de Kiev e ex-campeão peso-pesado de boxe Vitali Klitschko e seu irmão Wladimir realizam uma coletiva de imprensa, enquanto a invasão da Ucrânia pela Rússia continua, em Kiev, Ucrânia, em 23 de março de 2022 - Sergiy Karazy/Reuters - Sergiy Karazy/Reuters
Imagem: Sergiy Karazy/Reuters

Andriy Shevchenko

Outro ucraniano que deixou o esporte para tentar sucesso na política foi o ex-atacante Andriy Shevchenko, que fez história em passagens por Milan e Chelsea, além de ser considerado um dos maiores nomes da história do futebol do país.

Em 2012, pouco tempo depois de pendurar as chuteiras, o ex-jogador concorreu como vice-líder de sua chapa ao parlamento nacional, mas não conseguiu ser eleito. Depois da aventura, ele voltou ao futebol e, hoje, é técnico.

Shevchenko agradece apoio da torcida da Ucrânia - REUTERS/Gleb Garanich - REUTERS/Gleb Garanich
Imagem: REUTERS/Gleb Garanich

George Weah

Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa, em 1995, o ex-atacante se aposentou sete anos depois da façanha pessoal e, desde então, passou a se engajar nos assuntos sociais da Libéria, país africano onde nasceu e que é um dos mais pobres do planeta.

Em 2005, ele concorreu ao cargo de presidente, mas acabou derrotado. Nove anos depois, o ex-jogador se elegeu senador e, depois de insistir, Weah conseguiu chegar ao comando principal da nação em 2017.

George Weah é empossado como presidente da Libéria - AFP PHOTO / ISSOUF SANOGO  - AFP PHOTO / ISSOUF SANOGO
Imagem: AFP PHOTO / ISSOUF SANOGO

Marc Wilmots

Integrante da seleção da Bélgica em quatro Copas do Mundo (1990, 1994, 1998 e 2002), o ex-meia Wilmots trocou as chuteiras pelos sapatos sociais em 2003.

Naquele ano, conseguiu ser eleito como senador de seu país. O mandato acabou incompleto porque, em 2005, ele optou por renunciar para voltar ao futebol — desta vez, como técnico. Em 2014, foi o responsável por comandar a "ótima geração belga" na Copa disputada no Brasil — aquele time acabou o torneio em sexto no quadro geral. Hoje, o ex-político está sem clube após uma passagem pelo Raja Casablanca.

Marc Wilmots, ex-jogador e treinador da seleção da Bélgica, atuou como senador de seu país em 2003 - VI Images via Getty Images - VI Images via Getty Images
Imagem: VI Images via Getty Images

Chilavert

Ídolo do futebol sul-americano nos anos 90, o ex-goleiro que batia faltas e pênaltis com maestria (fez 62 gols na carreira) e surpreendeu ao anunciar sua candidatura à presidência do Paraguai no fim do último mês de junho.

Ele se colocou como uma "terceira via" em meio à polarização do Partido Colorado e do Partido Liberal. "Depois de refletir e sentir a responsabilidade de construir um Paraguai melhor, decido formalizar minha candidatura a presidente para que nosso povo possa sentir mais uma vez orgulhoso de ser paraguaio", escreveu Chilavert em suas redes sociais. O pleito está marcado para o ano que vem.

Chilavert, ex-goleiro que atuou entre anos 90 e 2000, é candidato à Presidência do Paraguai - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Kakhaber Kaladze

Depois de uma histórica passagem pela vencedora equipe do Milan na década de 2000, Kaladze foi mais um atleta que trocou o futebol pela política.

Em 2012, o ex-defensor assumiu o Ministério de Energia da Geórgia e ocupou o posto até 2017, quando acabou eleito prefeito de Tiblissi, maior cidade do país.

Ex-Milan, Kakha Kaladze é prefeito de Tbilisi, na Geórgia, desde 2017 - Davit Kachkachishvili/Anadolu Agency via Getty Images - Davit Kachkachishvili/Anadolu Agency via Getty Images
Imagem: Davit Kachkachishvili/Anadolu Agency via Getty Images

Cuauhtémoc Blanco

Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol mexicano, Blanco pendurou as chuteiras em 2015 e, meses depois, tornou-se prefeito de Cuernavaca, cidade de cerca de 350 mil habitantes.

Em março de 2017, o ex-meia atacante trocou de partido e, no ano seguinte, passou a ocupar o cargo de governador do estado de Morelos.

Cuauhtémoc Blanco, ex-jogador e atual governador de Morelos, no México - Gerardo Vieyra/NurPhoto via Getty Images - Gerardo Vieyra/NurPhoto via Getty Images
Imagem: Gerardo Vieyra/NurPhoto via Getty Images