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Verstappen tranquilão (e quase bi) e Leclerc triste: frases do GP da Itália

Max Verstappen comemora vitória no GP da Itália ao lado do segundo colocado Leclerc - ANP/ANP via Getty Images
Max Verstappen comemora vitória no GP da Itália ao lado do segundo colocado Leclerc Imagem: ANP/ANP via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

12/09/2022 04h00

O GP da Itália aproximou Max Verstappen do bicampeonato mundial da Fórmula 1. Neste domingo (11), o piloto da Red Bull tomou a liderança de Charles Leclerc na volta 34 de 53 e venceu sua 11ª corrida na temporada mesmo com a bandeirada final que rendeu muita polêmica. Quem não gostou muito foram os torcedores italianos que lotaram o Autódromo Nacional de Monza para torcer pela Ferrari e vaiaram o holandês na entrevista e na cerimônia do pódio. Ele disse que não ligou.

Isso não vai estragar meu dia, estou apenas curtindo o momento. Todo mundo fala comigo sobre vaias e outras coisas, mas eu sempre estou aqui para tentar vencer a corrida e foi isso que fizemos. Algumas pessoas podem não gostar porque são muito passionais e torcem para um time diferente, mas tudo bem."

O momento tranquilão de Verstappen tem sua razão de ser: ele largou em sétimo lugar por causa de punições por trocas de componentes e acabou vencendo o GP da Itália com tranquilidade —nas cinco últimas voltas, por causa do safety car, nem sequer precisou se defender dos ataques de Leclerc.

"Fizemos uma grande corrida. Tínhamos um carro muito bom e estávamos controlando a diferença. Daí veio o safety car, infelizmente não tivemos uma reinicialização e conseguimos a vitória", resumiu o piloto de 24 anos.

Verstappen agora abre 116 pontos de vantagem sobre Leclerc. Há chance de título mundial na próxima corrida, marcada para o dia 2 de outubro em Cingapura. Se o holandês vencer a prova e o monegasco não somar pontos, o bicampeonato está garantido.

Safety car rende polêmica e frustra Leclerc

A cinco voltas do fim, Daniel Ricciardo perdeu o motor e precisou abandonar a corrida. O safety car foi acionado, todos os carros da dianteira foram para os boxes, mas a demora para retirar a McLaren da pista impediu que a reta final da corrida tivesse alguma emoção. Verstappen venceu sob bandeira amarela e o carro de segurança só saiu mesmo para ele cruzar a linha. Foi um anticlímax que frustrou os torcedores e os possíveis ataques de Leclerc na reta final. O piloto da Ferrari lamentou:

O final foi um pouco frustrante, porque pensamos que poderíamos competir e não foi o que aconteceu. Infelizmente ficamos em segundo lugar e eu gostaria de ter ganho para nossa fantástica torcida tifosi aqui presente, dei tudo de mim, mas não foi possível. Não foi o suficiente, não estou feliz, é uma vergonha."

Leclerc - Dan Mullan/Getty Images - Dan Mullan/Getty Images
Charles Leclerc sentou-se isolado logo após a bandeirada final do GP da Itália
Imagem: Dan Mullan/Getty Images

O assunto deu polêmica entre as equipes. Toto Wolff, chefe da Mercedes, defendeu a medida da organização da prova de manter o safety car até o fim. Mattia Binotto, chefe da Ferrari, criticou a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e disse que as vaias do final da prova não foram para Verstappen e sim para a FIA, que impediu brigas por posição na reta final. A opinião mais dura, contudo, foi de Christian Horner, chefe da Red Bull.

"Não queremos vencer uma corrida sob influência do safety car. Houve tempo suficiente para recomeçar a corrida. Tínhamos o carro mais rápido e gostaríamos de ter vencido a corrida na pista, não atrás do safety car. Então, compartilhamos a decepção de todos os fãs. Os maiores perdedores hoje, infelizmente, foram os fãs. Mas precisamos olhar rapidamente para resolver isso", disse, à Sky Sports.

Estreante não dorme e viraliza nas redes

Nyck - Bryn Lennon - Formula 1/Formula 1 via Getty Images - Bryn Lennon - Formula 1/Formula 1 via Getty Images
Nyck de Vries largou em 14º e foi nono colocado no GP da Itália de Fórmula 1 pela Williams
Imagem: Bryn Lennon - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

O holandês Nyck de Vries estreou com o pé direito na Fórmula 1: chamado às pressas para substituir Alexander Albon na Williams, já que o tailandês teve uma crise de apendicite no sábado, o piloto de 27 anos terminou na nona colocação, o que rendeu dois pontos na tabela de classificação, e ainda foi eleito pelo público como o piloto do dia no GP da Itália.

Minhas últimas 24 horas foram um sonho. Eu realmente não tive muito tempo para pensar, porque tudo foi muito corrido. Eu tive um sono muito ruim, primeiro animado e depois nervoso. Eu não ousei nem olhar para o meu rastreador de sono porque basicamente passei a noite inteira acordado. Mas talvez tenha me ajudado, porque fiquei focado no trabalho."

Depois da corrida, viralizou na internet um vídeo que mostra Nyck tentando deixar o carro depois da prova. Talvez pela falta de prática, pois ele só pilotou Fórmula 1 em testes até ontem, o holandês precisa de ajuda de funcionários.

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