CEO e empresária: a jogadora de rúgbi que perdeu o shorts durante jogo

Atleta, empresária e empreendedora. Canadense de nascimento, britânico por opção (dupla cidadania)". É assim que a atleta do time inglês Worcester Warriors Women Stefania Evans, 28 anos, se caracteriza em sua rede social LinkedIn. A jogadora profissional de rúgbi ganhou as manchetes após quase perder seu short durante uma dividida com uma atleta adversária durante uma partida. Bem-humorada e ativa nas redes sociais, chegou a brincar com a situação. Foi ao Tik Tok e publicou a situação, que foi excluída por violar alguns direitos preconizados pela plataforma.

A atleta teve contato com o esporte no ensino médio no Canadá, mas também é CEO e fundadora do Ruggette RFC, uma empresa que fabrica roupas esportivas femininas e vencedora recente do prêmio 'Female Rugby Brand of the Year' do Girls Rugby Club.

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Com passagem pelos times Bristol Bears e Richmond Rugby, ela conta no seu LinkedIn que atua na "liga feminina de rúgbi mais competitiva do mundo", Allianz Premier 15's, atualmente no elenco do Worcester Warriors. Advogada, porta-voz e comentarista, conta que é "apaixonada por usar minha plataforma para aumentar a conscientização e o respeito pelo rúgbi feminino e pelas mulheres no esporte".

Criadora da campanha #Icare, em 2021, uma campanha online empoderando o esporte feminino, ela desencadeou um apoio global de fãs de rúgbi, jogadores, escritores e sindicatos e, desde então, foi compartilhada milhares de vezes. "Foi em resposta ao bullying online e trollagem para o torneio das Seis Nações Femininas, conquistando apoio e engajamento mundial em canais de mídia social e cobertura no World Rugby, The Telegraph, The Rugby World Cup, RugbyPass, PACE Magazine, BBC Sport, Talking Rugby Union, The Gainline Podcast, Saracens Sport Foundation, Coach Pratts Podcast e muito mais", salienta ela no seu LinkedIn.

Ao portal World Rugby, ela falou que alguns comentários da campanha diziam 'ninguém se importa' com o esporte eram apenas "factualmente incorretos". "Comecei a pensar: 'por que eles pensam isso?' Talvez seja por causa da maneira como a mídia social funciona, eles existem em uma bolha de outras pessoas com ideias semelhantes que não têm noção de que o rugby feminino está acontecendo? Talvez eles devam, porque senão eles não teriam confiança para ir a um fórum público e postar isso", disse.

Evans também contou ao portal sobre sua marca de roupas. Depois de ter ficado um tempo fora das quadras, ela retornou em 2018 e percebeu que muitos shorts usados pelas meninas não eram adequados aos corpos das mulheres, inclusive para ela, que possuem tamanhos e formas distintas, foi quando nasceu a sua própria marca. "Na verdade, acho que começar a Ruggette RFC como uma empresa foi provavelmente a principal razão pela qual muitos desses conceitos não parecem novos para mim, porque eu pensei muito sobre eles", disse ao World Rugby.