Verstappen campeão: como holandês atropelou Leclerc mesmo com susto inicial
Em uma temporada de domínio de sua equipe, Max Verstappen (Red Bull) conquistou o bicampeonato da Fórmula 1 na madrugada de hoje (9), após vencer o GP do Japão. Ele chegou aos 366 pontos.
O resultado tirou qualquer chance de Sergio Pérez (Red Bull) e Charles Leclerc (Ferrari), segundo e terceiro colocados da tabela, respectivamente, alcançarem os números do holandês, visto que faltam quatro corridas para o fim da atual edição.
A grande vantagem na pontuação do holandês sobre seus adversários, no entanto, não foi construída com 100% de tranquilidade.
Com Lewis Hamilton (Mercedes) apagado em um carro menos poderoso após as mudanças dos carros da F1, coube a Leclerc protagonizar a grande rivalidade do ano.
O monegasco iniciou a temporada na ponta da tabela ao vencer no Bahrein, mas errou — e viu a Ferrari errar — bastante e se distanciou de uma potente e equilibrada Red Bull, que evoluiu ao longo dos meses.
O UOL Esporte reuniu, abaixo, alguns momentos marcantes da trajetória vitoriosa de Verstappen, que atropelou os rivais e ganhou o título de maneira incontestável.
Começo amargo
Meses depois de vencer de maneira dramática Hamilton e garantir o seu primeiro título na categoria ainda no fim do ano passado, Verstappen "conheceu" uma nova pedra no sapato logo no GP do Bahrein, que abriu a temporada: Leclerc.
O piloto da Ferrari, já no treino classificatório, desbancou o holandês e garantiu a pole position. Na corrida, conseguiu segurar e frustrar o astro da Red Bull.
Para piorar a situação, Verstappen, além de não estrear com vitória na temporada, viu seu carro quebrar a poucas voltas do fim, abandonando a prova — o mesmo aconteceu com Pérez, seu parceiro de equipe.
Reação? Mais ou menos...
O holandês se recuperou parcialmente ao vencer o GP seguinte, na Arábia Saudita. O rival, no entanto, terminou em segundo e se manteve na liderança da temporada.
A terceira corrida do ano, na Austrália, voltou a ensaiar um cenário caótico para Verstappen: já na parte final do evento, ele sentiu um cheiro estranho e encostou o carro antes de um possível incêndio — as chamas não se alastraram em meio ao rápido atendimento dos fiscais.
30 dias mágicos
Do fim de abril até o fim de maio, o piloto de 25 anos iniciou a virada e subiu ao lugar mais alto do pódio em três GPs: Emilia-Romagna, Miami e Espanha.
Na Itália, fez "barba, cabelo e bigode": foi o mais rápido no treino classificatório, conquistou a corrida sprint e liderou de ponta a ponta a prova principal. De quebra, viu Leclerc rodar sozinho e fechar apenas na sexta posição.
Duas semanas depois, nos EUA, ele encostou de vez no ferrarista na tabela. Em um início de prova perfeito, Verstappen, que havia largado em terceiro, ultrapassou os dois carros da escuderia italiana e se segurou na ponta até o final, somando 84 pontos ante 105 do rival.
O GP de Barcelona decretou de vez a superioridade da Red Bull. Em uma prova maluca e marcada por erros — além do calor —, o holandês superou problemas na asa móvel e viu, novamente, Leclerc sofrer com erros em seu carro. Resultado? Vitória e virada na classificação: 110 a 104.
Lambança da Ferrari destrói 'dono da casa' e ajuda Verstappen
O GP de Mônaco simboliza o que foi a temporada da Ferrari. Leclerc e Sainz iniciaram a prova nas duas primeiras colocações, mas amargaram, respectivamente, um quarto e um segundo lugar depois de três horas de corrida — a prova contou com uma forte chuva e precisou ser paralisada pela FIA.
A trapalhada italiana ocorreu na escolha dos pneus do carro do monegasco, que atuava em casa. Na primeira parada, ele optou por intermediários, e logo depois, foi chamado para colocar duros. O problema é que, no segundo pit stop, Sainz estava no local e "forçou" o companheiro a esperar.
"Sem palavras. Sem palavras. Ai, ai, ai... A temporada é longa, mas não podemos fazer isso", desabafou Leclerc com sua equipe ao final do evento.
Melhor para Verstappen, que fechou a inusitada prova na 3ª posição e se manteve na ponta da classificação.
Gordura na liderança
Com vitórias no Azerbaijão e no Canadá, provas que sucederam o evento em Mônaco, o piloto da Red Bull disparou na liderança e viu o título cada vez mais perto.
As duas conquistas permitiram escorregões: no GP da Grã-Bretanha, Verstappen foi apenas o sétimo, e na Áustria, acabou justamente atrás apenas de Leclerc.
Nesta altura, a disputa estava em 181 a 138 para o holandês, que ainda faturou duas corridas antes das férias de verão: França e Hungria.
Apesar das férias, o cenário foi o mesmo
Os ferraristas que esperavam uma reação italiana — e novas derrapadas da Red Bull — ficaram a ver navios depois da pausa de quatro semanas.
No GP da Bélgica, Verstappen trocou o motor e largou apenas na 13ª posição. Mesmo assim, deu um show em seu local de nascimento (ele cresceu na Holanda) e ficou com a vitória, jogando um balde de água fria em Leclerc.
Uma nova sequência de vitórias do holandês enterrou, de vez, as chances dos adversários: o piloto ganhou na Holanda, na Itália e agora no Japão — em Singapura, acabou em 7°.
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