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Brasil vê nova geração encantar rumo a inédito título do Mundial de Vôlei

Gabi, da seleção brasileira, em jogo contra a Itália pelo Mundial de Vôlei feminino - Rene Nijhuis/Orange Pictures/BSR Agency/Getty Images
Gabi, da seleção brasileira, em jogo contra a Itália pelo Mundial de Vôlei feminino Imagem: Rene Nijhuis/Orange Pictures/BSR Agency/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/10/2022 04h00Atualizada em 17/10/2022 17h43

Após anos contando com nomes consagrados pelo bicampeonato olímpico, a seleção brasileira feminina de vôlei tem a chance de conquistar o Mundial da modalidade, hoje (15), contra a Sérvia, sem qualquer representante, em quadra, dos times campeões em Pequim 2008 e Londres 2012.

Salvo o técnico Zé Roberto Guimarães, o Brasil se despediu de alguns nomes consagrados e abriu espaço para novas lideranças, como a camisa 10 Gabi, 28 anos, maior pontuadora verde-amarela no torneio, com 250. Até a bicampeã olímpica Sheilla, 39 anos, se rendeu as novas caras da seleção brasileira.

"Tem uma geração nova vindo, e vindo muito bem. Isso é super importante. Essas jogadoras de 20, 21 anos têm tudo para se firmar no cenário do vôlei mundial", disse Sheilla ao UOL Esporte antes do início do Mundial. A ex-jogadora, inclusive, está na Holanda acompanhando o mata-mata da competição.

O "primeiro teste" de algumas dessas jogadoras, como Gabi e Carol, aconteceu nos Jogos de Tóquio, onde o Brasil conquistou a medalha de prata após perder a final para os Estados Unidos. Já Kisy (22 anos) e Julia Bergmann (21) comandaram a seleção rumo ao vice-campeonato da Liga das Nações, em julho deste ano.

Ao lado de nomes experientes, como Carol Gattaz (41 anos) e Rosamaria (28 anos), a jovem seleção brasileira tenta o título inédito contra a atual campeã Sérvia. O Brasil soma três vices mundiais (1994, 2006 e 2010), além de um bronze em 2014.

"Cada grupo tem uma história. É tudo novo, mas óbvio que a experiência conta. Tenho certeza que o grupo vai lutar muito para trazer esse título inédito para o Brasil", afirmou Rosamaria.

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Rosamaria, jogadora da seleção brasileira, em jogo contra o Japão pelo Mundial de vôlei feminino
Imagem: Rene Nijhuis/Orange Pictures/BSR Agency/Getty Images

E o desempenho da nova geração impressionou até Zé Roberto. "Esse grupo está muito bacana. O segredo desse time é o trabalho e a dedicação. Sabíamos que não tínhamos o maior potencial entre os times, mas é uma equipe muito bem liderada pela Gabi. Elas têm um cuidado muito grande com a alimentação e o descanso", disse após vitória sobre a Itália pela semifinal.

No caminho até a decisão, o Brasil venceu as italianas na semi, as japonesas nas dramáticas quartas de final. Antes, a seleção havia vencido Bélgica (3 a 1), Itália (3 a 2), Porto Rico (3 a 0) e Holanda (3 a 0), terminando a segunda fase com 100% de aproveitamento.

Brasil e Sérvia se enfrentam hoje (15), às 15h (de Brasília), Apeldoorn, na Holanda, pela final do Mundial de Vôlei. Mais cedo, Estados Unidos e Itália jogam pelo bronze.