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Brasil perde para a Sérvia, fica com quarto vice e adia sonho do Mundial

Jogadoras da Sérvia comemoram ponto marcado sobre o Brasil durante final do Mundial de Vôlei - Rene Nijhuis/Orange Pictures/BSR Agency/Getty Images
Jogadoras da Sérvia comemoram ponto marcado sobre o Brasil durante final do Mundial de Vôlei Imagem: Rene Nijhuis/Orange Pictures/BSR Agency/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/10/2022 16h29

O sonho do Mundial feminino de vôlei foi adiado mais uma vez. A seleção brasileira perdeu para a Sérvia por 3 sets a 0 na tarde de hoje (15), em Apeldoorn, na Holanda, e ficou com seu quarto vice-campeonato. Vencedoras em 2018, as sérvias faturaram o segundo título na competição.

As parciais da decisão, cujos destaques foram Jovana Stevanovic e a jovem Tijana Boskovic, foram 26/24, 25/22 e 25/17.

Apesar dos erros consecutivos oferecidos pelas europeias, as brasileiras perderam o confronto nos bloqueios e nas viradas, mal executadas pelo time verde-amarelo.

O resultado é especialmente amargo para as brasileiras pois, até então, o país nunca tinha conquistado o ouro no Mundial. As melhores campanhas foram as pratas nas edições de 1994, 2006 e 2010.

Em primeiro set equilibrado, sérvias saem na frente

O Brasil começou bem o confronto, com Macris, Lorenne, Gabi, Rosamaria, Carol e Carol Gattaz em quadra, e abriu cedo quatro pontos de vantagem: 7 a 3. Em ótima sequência, no entanto, as sérvias se recuperaram com a talentosa Boskovic e ficaram à frente do placar: 11 a 10. Dali em diante, a liderança do set foi alternada ponto a ponto: as brasileiras aproveitavam os erros das adversárias, que se destacavam nos bloqueios e terminaram em vantagem, por 26 a 24.

No segundo set, Sérvia se recupera de novo e abre vantagem

Novamente as brasileiras abriram quatro pontos de vantagem no início do set: 6 a 2. As sérvias reagiram bem outra vez, exploraram o bloqueio brasileiro, chegaram a marcar sete pontos seguidos e abriram quatro: 20 a 16. Zé Roberto mexeu no time e promoveu as entradas de Roberta e Tainara, que impulsionaram a recuperação para o empate por 22 a 22. A reação não incomodou as europeias, que fecharam o set com ótimo bloqueio de Stefanovic, por 25 a 22.

Sérvias fecham vitória com tranquilidade

Com a vitória parcial por 2 sets a 0, as sérvias não precisaram contar com o poder de reação desta vez, pois começaram à frente e abriram 16 a 8 no placar. A partir dali, bastou às europeias administrarem a vantagem, com menos erros, e carregarem o último set com certa tranquilidade para sacramentar a ótima campanha em 2022 e o bicampeonato mundial.

Tensão fora da quadra

Como não costuma ser diferente em finais, o confronto em Apeldoorn também foi marcado pela tensão - neste caso, fora da quadra. O técnico italiano Daniele Santarelli, da Sérvia, comemorou vários pontos de sua equipe diante do banco de reservas do Brasil, segundo a reportagem do SporTV, o que gerou tensão entre as duas delegações.

Campanhas no Mundial

Brasil e Sérvia chegaram à decisão com trajetórias sólidas no Mundial. A equipe verde-amarela somou dez vitórias em 11 jogos, superando o Japão nas quartas de final (3 sets a 2) e a Itália nas semifinais (3 a 1). Já as sérvias venceram suas 11 partidas, com triunfos contra a Polônia nas quartas (3 a 2), e, nas semis, os Estados Unidos (3 a 1).

Terceiro vice-campeonato por 3 sets a 0

As brasileiras chegaram às finais das três principais competições do vôlei desde o ano passado, mas foram derrotadas em todas. Na Olimpíada, em 2021, os Estados Unidos ficaram com o título. Na Nations League, as italianas foram as campeãs. Agora, foi a vez da Sérvia, bicampeã mundial.

Italianas ficam com o terceiro lugar

Liderada por Paola Egonu, a seleção da Itália ficou com o terceiro lugar após perder para o Brasil nas semifinais. Mais cedo, as italianas bateram os Estados Unidos por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/15 e 27/25.

Brasileiras buscavam título inédito

Diante da forte equipe sérvia, as brasileiras, donas de dois ouros olímpicos (2008 e 2012), sonhavam com o título inédito no Mundial. Os três vice-campeonatos foram o ponto mais alto onde chegou a seleção verde-amarela: contra Cuba, em 1994, e Rússia, em 2006 e 2010.