Mundial de Vôlei: Zé Roberto tem chance de espantar vices e encerrar jejum
Um dos principais técnicos da história do vôlei brasileiro, Zé Roberto Guimarães soma inúmeros troféus sob comando da seleção feminina e, hoje (15), às 15h (de Brasília), contra a Sérvia, tem a oportunidade de completar sua galeria. Em sua terceira final, o comandante de 68 anos tenta, em Apeldoorn, na Holanda, uma conquista inédita para a modalidade: o título do Mundial de Vôlei.
Dono de três ouros olímpicos — todas como técnico, Barcelona-1992 (masculino), Pequim-2008 (feminino) e Londres-2012 (feminino) — Zé Roberto tem novamente a chance de encerrar o jejum verde-amarelo no topo do voleibol. Apesar de não estar presente no primeiro vice-campeonato, em 1994, o técnico viu da beira da quadra o Brasil bater na trave em 2006 e 2010, contra a Rússia, e conquistar o bronze em 2014.
Segundo ele, chegou a hora do Brasil "escrever um novo capítulo na história do vôlei brasileiro", hoje, contra a Sérvia, atual campeã mundial e detentora de uma das melhores atacantes do mundo, Tijana Boskovic.
"Sempre pesa (não ter conquistado o Mundial e encarar a atual campeã), mas também é aquele gostinho de, depois de 12 anos, voltar a disputar uma final. É a chance que a gente tem que agarrar. É o momento em que a gente pode mudar essa história e escrever um novo capítulo na história do vôlei brasileiro. É a chance que a gente tem e temos que agarrar. Acho que vai dar bom", falou Zé Roberto.
A seleção brasileira vem embalada para a disputa do título após vitória sobre a Itália, na última quinta-feira, por 3 sets a 1, pela semifinais, e uma dramática virada por 3 a 2 sobre o Japão nas quartas. E o "professor" Zé Roberto está cuidando de cada detalhe.
O perfeccionista treinador lembrou de seu tempo como levantador no treino de ontem.
"Eu sou um professor de alma. Eu gosto de ensinar", falou Zé Roberto, que espera ser exemplo para jovens brasileiros
"O que me move é que nós podemos ser exemplo para 220 milhões de pessoas. Esse é o maior legado que a gente pode deixar, e esse era o nosso desejo de criança. Sei que quando eu parar, vou morrer um pouco por dentro, então tenho que aproveitar cada minuto que me resta", falou.
Brasil e Sérvia se enfrentam hoje (15), às 15h (de Brasília), Apeldoorn, na Holanda, pela final do Mundial de Vôlei. Mais cedo, Estados Unidos e Itália jogam pelo bronze.
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